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A lacuna entre a Inovação e a geração de resultados para as empresas

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13/10/2014 04:09:09

Ricardo ZanottaRicardo Sampaio Zanotta Diretor do IMEP BRASIL - Instituto de Marketing e Pesquisas de Mercado do Brasil Professor da área de Marketing do curso de Administração de Empresas da PUC São Paulo ricardozanotta@pucsp.br *** O conceito de inovação prevê que um projeto de P&D (pesquisa e desenvolvimento), tanto quando realizado no âmbito interno das empresas, quando no externo, a partir da contratação de centros de inovação e pesquisa ou de universidades, atenda a demandas de mercado, agregando valor competitivo ao composto de oferta e de geração de negócios. Do ponto de vista da gestão de negócios, o processo se apresenta como estratégia de marketing para desenvolvimento de novos produtos, claro que, com o objetivo de obter alternativas realmente inovadoras, impactando na criação de novos mercados e na conquista de um maior número clientes para as empresas. O que se pode perceber, é que existe em um bom número de casos, uma lacuna entre o que realmente a empresa deseja, necessita e tem por objetivo, e o que os centros de inovação e pesquisa, e as universidades se propõem a desenvolver. Em alguns casos, os cientistas pesquisadores definem suas linhas de pesquisa em inovação de acordo com seus objetivos acadêmicos visando atingir os níveis de produção científica e publicação em periódicos credenciados internacionalmente, para atender às exigências das instituições de ensino superior com as quais mantém vínculos. Nesses casos, as universidades chegam até a desenvolver patentes, que em sua maioria acabam não sendo efetivamente aplicadas. Mesmo quando existe contato com as empresas, a relação é a de adesão das mesmas às linhas de pesquisas disponíveis e em desenvolvimento, ou seja, as empresas podem escolher umas das pesquisas existentes e adaptar as necessidades empresariais à realidade da inovação gerada pelas universidades. Em outros casos as pesquisas podem ser desenvolvidas para resolver problemas para empresas, ou para criar novas oportunidades de mercados, produtos, serviços ou tecnologias que levem à inovação. Como no Brasil, lideram a produção científica que resulta em patentes, desenvolvidas a partir dos incentivos da inovação, as universidades públicas, a interlocução entre a academia e as empresas torna-se, em muitos casos, burocrática, lenta e desalinhada com o cronograma de desenvolvimento de novos produtos das empresas, que exigem mais agilidade. O fato que releva a dificuldade que as empresas encontram para incluírem uma estratégia de inovação em seus negócios no país, pois a maioria das patentes geradas não consegue obter êxito em sua aplicação de mercado, tornando-se estatísticas depositadas em prateleiras, ou publicadas em artigos com posição de destaque nas melhores bibliotecas do país, sem jamais terem a oportunidade de contribuir significativamente com o desenvolvimento econômico e a geração de empregos e renda para a população brasileira. Essa é uma das razões para que os números de patentes brasileiras ainda sejam muito inferiores aos dos países economicamente mais desenvolvidos, que segundo a pesquisa da Booz Co, indica que os EUA produziu 2,2 milhões de patentes em 2013, enquanto que o Brasil apenas 42 mil. Uma possível explicação para tamanha diferença entre o número de patentes geradas nos EUA e no Brasil pode estar na diferença de atuação das instituições de ensino superior privadas dos dois países. Pois as universidades privadas norte-americanas lideram de sobremaneira a produção de patentes, quantitativa e qualitativamente, enquanto que no Brasil, as instituições de ensino superior privadas mantêm excelente nível acadêmico de ensino, pesquisa e extensão, mas sequer levam em consideração a possibilidade de participarem efetivamente do Sistema de Inovação do país, pois possuem foco na captação de estudantes, e concentram suas atividades no faturamento resultante do pagamento das mensalidades. Dois casos reais envolvendo o MIT - Massachussets Institute Technology de Boston, EUA, podem exemplificar tais afirmações, no primeiro a empresa Natura afirma em sua página oficial na internet que: "Desde o ano de 2012, a Natura participa do consórcio Media Lab do MIT (“MIT Media Lab”). O Media Lab é um laboratório que faz parte do departamento de pesquisa da Escola de Arquitetura e Urbanismo do Massachusetts Institute of Technology. Sob o lema “O futuro é vivido, não imaginado”, o Media Lab é um dos centros de referência em inovação, design, ciência e tecnologia do mundo. Designers, engenheiros, artistas e cientistas utilizam disciplinas não tradicionais e trabalham em cerca de 350 projetos como neuroengenharia, cidades do futuro e a forma como as crianças aprendem. A fonte de financiamento do Media Lab do MIT provém de aproximadamente 70 patrocinadores corporativos". Em 28 de abril do corrente ano a empresa, por meio de uma iniciativa de sua unidade Natura Campus em conjunto com o Media Lab do MIT, realizaram uma chamada para buscar uma solução para a seguinte questão: "Como a tecnologia pode unir o produto ao ambiente virtual para ampliar a experiência do consumidor Natura?". O caso revela a importante iniciativa de uma empresa brasileira, em buscar parceria com uma dos mais renomados centros de pesquisa em inovação do mundo, para desenvolvimento de soluções que efetivamente possam ser aplicadas aos seus negócios. A chamada também foi direcionada a universidades e centros de pesquisa em inovação brasileiros que desejassem apresentar soluções para serem desenvolvidas em conjunto com os pesquisadores da Natura e do MLab do MIT. A primeira e segunda etapas da chamada, a de seleção das propostas, e a de Workshop de Cocriação e Prototipagem (Hackathon) foram realizadas no Brasil. As propostas vencedoras receberam como prêmio a possibilidade de desenvolver os projetos em Boston no M LAB nos EUA, a partir do mês de novembro de 2014, tudo financiado pelo consórcio do MIT, do qual a Natura faz parte. Esse modelo se apresenta como uma excelente alternativa estratégica para que empresas e universidades brasileiras busquem alinhamento com as melhores práticas mundiais de inovação, por meio de intercâmbios internacionais com renomadas instituições e centros de pesquisa para transferências tecnológica de ponta. Nessa mesma linha, a Finep - Fundo de Financiamento de Estudos de Projetos e Programas vinculado ao MCTI - Ministério da Ciências, Tecnologia e Inovação, acaba de firmar em 12 de setembro de 2014, acordo com a MIT Technology Review (MIT TR), publicação do Massachusetts  Institute of Technology (MIT). Os objetivos principais são o de promover o intercâmbio de conhecimento entre universidades, empreendedores, investidores e especialistas, nos EUA e no Brasil, ampliando as redes de relacionamentos e favorecendo o acesso a experiências internacionais. A primeira ação derivada da cooperação será a realização da Conferência de Tecnologias Emergentes (EmTech) em 2015, a primeira no Brasil. Pois segundo o presidente da FINEP, Glauco Arbix, "As economias dos países que mais crescem que pagam os melhores salários e geram mais renda são as mais inovadoras. O Brasil precisa dar um salto para superar a grande distância que o separa dos países mais avançados e das áreas de fronteira do conhecimento”. Arbix disse ainda que se o País continuar no ritmo atual vai demorar muito tempo para que consiga expressão internacional: “É preciso diversificar mais nossos sistemas de inovação. Não podemos continuar fazendo mais do mesmo”. Ele afirmou que a Finep deu passos intensos no apoio à projetos inovadores e que elevou os recursos disponíveis de R$ 120 milhões em 2003 para R$ 12 bilhões este ano. Pode-se concluir que existe uma excelente oportunidade para que o país cresça significativamente no setor de inovação, e que o ecossistema com as empresas e as universidades é um caminho vital para o desenvolvimento econômico, ficando a recomendação de que as universidades privadas e suas entidades associativas possam atuar de forma mais efetiva, organizando uma agenda sobre o tema visando estruturar uma política público privada de financiamento e incentivo à Inovação na Educação no âmbito das instituições de ensino privada, inicialmente por meio de parcerias internacionais. Pois possuem maior vocação para contribuir com a interação com as empresas para resolver problemas por meio do desenvolvimento de novas tecnologias, produtos e serviços que sejam efetivamente aplicados aos seus portfólios de negócios como diferencias estratégicos competitivos.  

14/10/2014

Maria Carmen Tavares Christóvão

Bem interessante a abordagem Ricardo. Para que a universidade continue desempenhando seu papel fundamental de construir conhecimento e pesquisa que correspondam aos interesses reais da sociedade global, como também o de transferir o conhecimento construído para a solução de problemas sociais e mercadológicos cada vez mais complexos, há necessidade de busca e incorporação de novas técnicas, tecnologias, metodologias e desenvolvimentos, tanto na área de entrega da educação, quanto na área de relacionamento com os seus stakeholders, alunos, professores, mercado empresarial e a sociedade em geral, para transformar instituições de ensino em organizações empreendedoras com benefícios de competitividade da nação. Abraços, Profa. Maria Carmen Tavares Christóvão

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