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A Curva de Valor da IES

Rafael Villas Bôas

20/10/2014 05:27:49

Rafael Villas Bôas Consultor Associado de Marketing na Hoper Educacional e criador do portal www.quemdisse.com.br ***
A “Curva de Valor” é uma recente inovação na cultura do Pensamento Estratégico. A metodologia do Planejamento vem evoluindo muito nas últimas décadas e pode-se afirmar que a “Curva de Valor” está entre as mais atuais técnicas para o desenvolvimento de estratégias para as Instituições. A fórmula para chegar-se ao “Valor” de um produto ou serviço é bastante conhecida (e reforçada sempre que possível) nos cursos de Administração de Empresas e Marketing. O “Valor” é concebido pela relação entre os “Custos” e os “Benefícios” percebidos pelos clientes. Se após subtrairmos todos os “Custos” de todos os “Benefícios”, chegarmos a um fator positivo teremos “Valor”, de fato. E quanto maior for esse valor mais diferenciação e posicionamento a Instituição terá, condições essas fundamentais para o sucesso. A questão maior está na definição de “Custos” e de “Benefícios”. O conceito de “Custos” em Marketing e Vendas transcende, um pouco, o conceito cartesiano de custos em Finanças:
“Enquanto para finanças os “custos” são formados pelo somatório dos insumos fixos e variáveis necessários para a produção e comercialização de um produto ou serviço (que acrescidos de uma margem de lucros, tornam-se os preços) para o marketing custos são estabelecidos pela percepção do cliente, e são compostos pelo valor financeiro de um produto, acrescido dos custos intangíveis como o Custo de Deslocamento (o esforço necessário para ir ao campus), e o Custo de Arriscar (investir quatro anos em educação em uma instituição específica e não obter retorno sobre esse investimento)”.
De outro lado da fórmula os benefícios também transcendem a performance do serviço (que poderia ser reduzida, para facilitar o entendimento, em “Construção do Conhecimento e Formação Profissional”). Existem benefícios diferentes para cada aluno e os benefícios são percebidos de maneiras distintas, com maior ou menor intensidade, por pessoas diferentes. Benefícios ligados ao Status de Estudar numa Instituição de Ensino Especifica, de conhecer novas pessoas e poder fazer uso da estrutura de esportes do Campus podem ser decisórios na opção por uma IES. O Pacote de Valor de uma Instituição é formado, portanto, pelas principais “Dimensões do Valor” percebidas como Positivas pelos alunos dessas organizações. As suas principais características que auxiliam na formação do processo decisório de seus alunos e futuros alunos. Essas dimensões são formadas pelas suas características, chamadas de “Variáveis”  Curva de Valor das Organizações
Dimensão (D) Benefícios (B1+B2+...Bn) Custos (C1+C2+..Cn)
Preço. Valor total do investimento.  
Valor das parcelas.  
Formas alternativas de financiamento (FIES, ProUni, Instituto Educar, Cebrade).  
Acessibilidade Física e de horário. Proximidade com a residência.  
Proximidade com o local de trabalho.  
Proximidade com transporte conveniente.  
Oferta em turnos convenientes.  
Referências Indicação de colegas de trabalho, parentes, amigos, e testemunho de formadores de opinião.  
Vida Social. Empatia entre a imagem da instituição e a auto-imagem projetada.  
Possibilidade de ampliar a rede de relacionamentos (pessoais, network, etc).  
Possibilidade de atuar em equipe esportiva, grêmio estudantil, think tanks, etc.  
Projeção da realização pessoal.  
Parâmetros de qualidade acadêmica. Professores Mestres e Doutores.  
Número de livros da biblioteca.  
Número de laboratórios (número de computadores por aluno, número de laboratórios por área, laboratórios inovadores, etc).  
Número de horas aula.  
Número de campi, metragem dos campi, bosque, lago, piscina, etc.  
Empresa Junior.  
Pesquisa  
Parâmetros de Mercado. Empregabilidade dos alunos (Núcleo de Estágios, percentual de alunos do ultimo ano empregados, de alunos de todos os anos estagiando com remuneração).  
Percentual de egressos e média salarial dos egressos.  
Avaliação das entidades de classe (OAB, CRM, CRA, CREA, etc).  
Tradição e Inovação.  
Atendimento e Relacionamento.  Avaliação de todos os touch points (do primeiro telefonema a recepção nas visitas, navegabilidade web, etc).  
Desburocratização (velocidade de resposta, rapidez no fluxo dos processos, filas, etc)  
Valores Sociais. Valores ambientais.  
Responsabilidade Social.  
Valores éticos e religiosos.  
Valores Migrados Classificação dos atletas e dos times em competições.  
Qualidade da Comunicação (qualidade dos anúncios, publicidade, freqüência e cobertura da assessoria de imprensa).  
Parcerias institucionais (parcerias com grandes empresas, instituições do exterior, etc).  
Serviços agregados Estacionamento (numero de vagas, preço da diária, etc.)  
Cantina (sortimento de produtos, atendimento, preço, qualidade, etc).  
Terceirizados (segurança, limpeza, etc.)  
Extensões (qualidade e variedade do programa de extensão da escola).  
Palestras e Congressos (qualidade e renome dos palestrantes e visibilidade e pertinência dos eventos).  
Rankings diversos. ENADE  
Notas de Aprovação e reconhecimento.  
Você S/A, Guia do Estudante Abril, Demais Guias de estudantes, Universia, Revista @prender.  
Processo Comparativo. O cruzamento de todos esses valores com todos os valores da concorrência é a matriz decisória do processo de escolha por uma Instituição de Ensino Superior.  
  Em relação a cada uma dessas variáveis existem as “Práticas Ideais”, as “Práticas do Mercado” e as “Práticas da Instituição” (no presente e no futuro). É presunção acreditar que uma organização consegue manter-se com níveis elevados, dentro das “Práticas Ideais”, em todas as Dimensões e em suas Variáveis. Existe portanto uma oscilação nas curvas de valor das IES, que não estão presas a um mesmo composto de valor. A contraposição de como sua escola atua em relação a uma determinada questão e como o mercado atua de forma geral sobre esse mesmo assunto, aponta os pontos de singularidade e de diferenciação da sua organização. As estratégias atuais buscam atuar elevando os parâmetros de qualidade das organizações em todas as variáveis e as IES, dessa forma perdem o foco e a orientação, e tornam-se cada vez mais parecidas entre si, competindo em um ambiente de pouca diferenciação.
 “Não exagerarem o nosso valor é nos ofender”. Anônimo
A Estratégia da Construção de Valor objetiva “desconstruir” o posicionamento atual da organização, por meio de Trade offs e do desenvolvimento “Diferenciais” ( Dimensões e Variáveis inéditas no mercado). Todas as organizações, hoje, buscam o posicionamento equalizando as mesmas variáveis. Reduzem investimentos em “Infra-Estrutura”, por exemplo, em prol da “Qualificação de Corpo Docente” ou aumentam o esforço para a ampliação do “Número de Computadores nos Laboratórios” em detrimento de “Livros na Biblioteca”. Ajustando fatores dentro de uma matriz comum, buscam destacar-se da sua concorrência. Um enorme desafio, posto que atuam dentro de um mesmo composto de variáveis, com parâmetros muito parecidos. Por meio da Matriz de Valor, a organização consegue visualizar as práticas do mercado, suas ações, projetadas nesse contexto, e consegue tomar decisões baseada nessas informações, primeiramente reduzindo e descontinuando algumas práticas dentro das suas estratégias e posteriormente desenvolvendo alguns valores inéditos para o mercado. A essa opção, uma “escolha excludente”, onde opta-se por um caminho no lugar de todos os demais, dá-se na Administração o nome de Trade Off. Abrir mão de um “Valor”, tido como fundamental para o mercado é bastante delicado para as IES hoje. É uma ação drástica e poucas organizações estão prontas para dar um salto de qualidade como o proposto.

A dinâmica da criação de valor

A fase inicial desse processo é medir e avaliar a importância das “Dimensões” e das “Variáveis” para as organizações descrevendo o “Valor Final” residual da relação “Custos e Benefícios” e “Valores”. Para base de cálculo deve-se sempre trabalhar com atribuições de numeradores de 1 a 10. A fórmula para esses cálculos é:

D = (Va1+Va2+VaN / N) e Va= {V(C1+C2+Cn) – (B1+B2+Bn)};

Na qual D= Dimensão, Variável, N= Número de Variáveis, VF= Valor Final, V= Valor, C= Custo e B= Benefício.

Definidos os numeradores de cada “Dimensão” para os clientes da organização, é chegado o momento de optar, de definir quais Variáveis ou quais Dimensões são dispensáveis (lembrando que todas são, aparentemente dogmas imutáveis, essenciais para as IES). Executadas essas escolhas, a exclusão de algumas variáveis, a Organização adentra na fase de criação de novos “Valores” para o mercado. O processo de maturação desses novos valores é um momento único para a Instituição. Um verdadeiro “brainstorming” de possibilidades e idéias do qual renasce, invariavelmente um novo produto ou serviço. É a hora de Inovar e de criar um novo paradigma, um modelo de negócios diferenciado de todos os demais, com alto Valor agregado para os clientes, que seja complexo de reproduzir e com o qual todos da Instituição estejam comprometidos e apaixonados. Dessa forma a organização torna a concorrência irrelevante pois passa a operar em um plano diferenciado das demais IES. Deixando de equalizar o mesmo composto de parâmetros e passando a trabalhar com variáveis diferentes das demais.

Modelo de Estratégias de Valor

  Posicionamento Médio de Mercado Determinada "IES de Excelência" IES com Estratégia de Gestão de Valor
Preço. 10 1 3
Acessibilidade Física e de horário. 6 2 1
Referências 3 9 1
Vida Social. 5 7 1
Parâmetros de qualidade acadêmica. 5 8 7
Parâmetros de Mercado. 2 5 6
Atendimento e Relacionamento. 2 9 5
Valores Sociais. 3 8 1
Valores Migrados 2 8 1
Serviços agregados 4 8 1
Rankings diversos. 3 10 1
Cursos desenvolvidos em parceria com a Indústria 1 1 10
Coordenadores de Curso referências em suas áreas. 1 2 9
Utilização de Tecnologia Móbile para relacionamento 1 1 10
     

Entre a Sustentabilidade e a Realidade: O Que as IES Precisarão Enfrentar em 2026

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