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Pátria educadora: não é só a mensalidade

Mauricio Garcia

Consultor educacional e cientista digital

26/02/2015 04:31:20

Maurício Garcia Vice-Presidente de Planejamento e Ensino da DeVry Brasil e Coordenador Técnico do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular *** Recentemente, um importante especialista em educação superior do Banco Mundial publicou um artigo intitulado: "Equal access: Is it just about fees?". No artigo, o autor pondera que "deve ser levado em consideração que existe uma variedade de fatores que transcendem a questão do simples financiamento educativo". De fato, it is not just about fees. Ainda que houvesse Fies para todos, ProUni para todos, Pronatec para todos, nós continuaríamos a enfrentar o que é, para mim, o maior desafio da educação superior brasileira em termos de qualidade: como educar alunos com deficiências cognitivas causadas pela privação do estímulo intelectual na tenra idade. O grande erro do atual sistema de avaliação está presumir a qualidade da IES a partir da nota no Enade. O Enade mede a qualidade do aluno, não da instituição. A nota do Enade é muito mais um sintoma, do que um diagnóstico. Escolas que recebem alunos com deficiências cognitivas terão, obviamente, maior dificuldade em obter melhores notas, mas isso não é uma falha sua. Outro grande erro do atual sistema está em simplesmente dar nota pela semelhança com as universidades públicas. Ou seja, quanto mais semelhantes forem as IES às universidades públicas, mais nota recebem. Quanto mais pesquisa e produção científica, quanto mais doutores, quanto mais docentes em tempo integral, etc., maior a nota. Acontece que historicamente as universidades públicas não recebem os alunos com deficiências cognitivas. Por causa da disputa no vestibular, as universidades públicas recebem majoritariamente alunos da classe média, que tiveram uma infância mais rica, não apenas no aspecto material, mas principalmente no aspecto intelectual. É notória a correlação entre escolaridade dos pais e capacidade cognitiva dos filhos. Então, essas universidades nunca tiveram que lidar com a grande massa de alunos com deficiências de aprendizado. Elas não sabem como lidar com eles, não por eventual incapacidade, mas simplesmente porque nunca tiveram esse problema a resolver. Ao fazer um "copiar e colar" do modelo pedagógico das universidades públicas para o setor como um todo, estamos jogando para debaixo do tapete esse enorme problema. Se adicionarmos ao cenário os problemas não cognitivos, como por exemplo as questões ligadas à baixa autoestima por não ter passado no vestibular da universidade pública e a pressão dos pais e da sociedade, a questão se torna dramática. Concluindo, não basta apenas assegurar o financiamento educativo. É preciso também existirem políticas adequadas para estímulo às melhores práticas educativas, e não simplesmente reduzir o processo a siglas como Enade, CPC e IGC. Afinal, o que é mais importante? Uma instituição que recebe alunos nota 4 e transforma em 5, ou aquela que recebe alunos nota 1 e transforma em 3? É formar o topo ou formar a base da pirâmide? É uma discussão que não tem resposta certa, mas de uma forma simples, pode-se dizer que ambas instituições são importantes para um país. O problema do atual sistema de avaliação, assim, não está na imprecisão ou mesmo injustiça de seus indicadores. Está no fato de não estarmos encarando de frente um enorme problema que precisa ser resolvido.  

27/02/2015

Cecilia Anderlini

Maurício Garcia aborda a questão crucial do educando brasileiro de nível sócio- cultural- econômico menos privilegiado Já no início da escolaridade são preteridos por não ter uma formação melhor pela ausência do Educador ideal - aquele que descobre em um breve período de convivência o potencial de cada um de seus educandos e sabe como atender a todos dentro de suas peculiaridades . Faz a opção por uma abordagem de todo e qualquer conteúdo a ser explorado( principalmente nas séries iniciais ) de tal maneira que desperte o interesse do educando para conhecer mais e melhor sobre tudo que lhe é apresentado e posteriormente solicitado. Não é assim que é vivenciado todo o período que adentra até o final do ensino médio . Temos então os que passaram pela escolaridade exigida e pouco trouxeram em sua bagagem de conhecimento . Esse é o aluno nota 1 que se constitui na grande maioria dos ingressantes no Ensino Superior Particular, em cursos muito procurados por oferecerem melhores possibilidades no mercado de trabalho. Essa premissa não se aplica às IES de nicho, ou as que oferecem cursos nas áreas da saúde , engenharia ( entre outros ). Costumo dizer que as IES trabalham , e muito, no sentido de oportunizar um horizonte de vida melhor e mais justo para os graduandos que ao se profissionalizarem, vão para o mercado de trabalho melhor preparados . Concordo com o Maurício quando afirma que o " copiar e colar " do modelo pedagógico das IES públicas não se adequa ao perfil do profissional que estamos formando, para ocupar outros campos de atuação que estão abertos fora dos intra- muros de uma IES. Educamos para a vida e deixamos ao profissional que formamos a escolha de como conduzir sua vida profissional . Quanto ao sistema de avaliação , estamos longe de objetivar o quê deve ser realmente avaliado : se o desenvolvimento das competências e habilidades exigidos no exercício de uma profissão ou apenas o conhecimento teórico aplicado pontualmente em questões bem elaboradas que se tornam cansativas ao responder pela exiguidade do tempo disponibilizado para um melhor desempenho . Uso suas considerações finais, Maurício, para encerrar as minhas :" o problema do atual sistema de avaliação assim, não está na imprecisão ou mesmo na injustiça de seus indicadores. Está no fato de não estarmos encarando de frente um enorme problema que precisa ser resolvido " e acrescento : devemos voltar nossa atenção para as séries iniciais e nas subsequentes, até o final do ensino médio. Dessa forma , teremos um ingressante melhor preparado e mais motivado.

26/02/2015

Prof. Celso Custódio

Parabéns ao Prof. Maurício Garcia pelas colocações extremamente oportunas. Ainda bem que tem alguém no Sistema Particular Brasileiro que pensa com os pés no chão. É lógico que siglas como Enade, CPC e IGC não valem absolutamente nada comparadas com aquilo que o estudante realmente aprendeu. Quem recebe alunos nota 1 e transforma em 3 deve ter mais valorização do que quem recebe alunos nota 4 e transforma em 5.

Entre a Sustentabilidade e a Realidade: O Que as IES Precisarão Enfrentar em 2026

Max Damas

Assessor da Presidência do SEMERJ. Assessor da Presidência da FOA (Fundação Oswaldo Aranha). Escritor e Consultor Educacional

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