Valmor Bolan
Doutor em Sociologia
Especialista em Gestão Universitária pelo IGLU (Instituto de Gestão e Liderança Interamericano) da OUI (Organização Universitária Interamericana) com sede em Montreal, Canadá
Representa o Ensino Superior Particular na Comissão Nacional de Acompanhamento e Controle Social do Programa Universidade para Todos do MEC
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Uma palavra-chave exprime bem um dos desafios de hoje: a interatividade. Não funciona mais a situação em que apenas um fala e o outro somente ouve. O modelo de sala de aula como conhecemos, modelo ainda da sociedade industrial, terá de ser refeito. Ainda não sabemos exatamente como e o que deve substitui-lo, mas é certo que o modelo não corresponde mais à realidade em que vivemos hoje, e deverá ser superado.
Ninguém ousa dizer o que poderá ser colocado no lugar do que temos hoje, mas não é novidade alguma de que do jeito que está não vai ficar. O que acontece então? Esta é uma reflexão que vem tomando a atenção de muitos especialistas na área educacional. Em meio a tantas mudanças e novas demandas, sabemos que o novo modelo terá certamente maior interatividade. E as mídias sociais já estão contribuindo para isso.
A revolução tecnológica propiciou realmente uma maior aproximação de tudo com todos, uma simultaneidade na troca de informações, e ninguém se contenta mais com o pouco que tem, tal a abundância de informações que circulam livremente pela Internet. Sites especializados em temas diversos, textos, documentos, livros em pdf, fac-símiles, áudios, vídeos, músicas de todas as tendências e épocas, essa riqueza toda disponível facilmente por pessoas de todas as idades, encantam a todos. Diante disso tudo, o desafio é muito grande, principalmente o da interatividade.
Isso requer de nossos professores e demais profissionais da Educação, uma maior agilidade mental, um melhor domínio de todas estas mídias, para que elas estejam a serviço da educação, para que seja possível melhor ensinar, em qualquer nível. Desde criança até a fase adulta, a interatividade se faz necessário, para que não apenas a aquisição de conteúdos, mas também para que os relacionamentos possam ser mais enriquecedores. Tudo isso nos dá esperança de que vivemos tempos promissores, cuja revolução profunda ainda não sabemos que nova sociedade e cultura sairá como resultado de todas estas transformações. O certo é que os desafios estão aí e temos que encontrar formas de aproveitar os aspectos positivos desta realidade, de tão grandes potencialidades.




