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Universidade quer tempo para ter mais cursos de pós

10/10/2016 | Por: Folha de S.Paulo | 2886

Um grupo de 42 instituições de ensino tenta negociar com o governo uma prorrogação do prazo para adequar seus programas de pós-graduação e, assim, manter seu status de universidade.

Em 2010, uma resolução do CNE (Conselho Nacional de Educação) determinou que universidades deveriam oferecer até o final de 2016 quatro cursos de mestrado e dois de doutorado.

Na quarta-feira (5), em uma reunião com conselheiros do CNE, Janguiê Diniz, presidente da ABMES (Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior) pediu que o limite seja prorrogado para 2020.

A secretaria-executiva do CNE não se comprometeu com o adiamento. Duas reuniões foram agendadas para esta semana - uma delas com representantes do MEC.

É vantajoso para instituições de ensino manterem a condição de universidades, inclusive para atrair alunos e conseguir lançar novos cursos com mais facilidade.

Prover pós-graduação stricto sensu, no entanto, é custoso, diz Diniz. Particulares não têm tantas verbas de pesquisas (Capes, CNPq) como as públicas. "Do ponto de vista financeiro, mestrado e doutorado não dão dinheiro."

A Unisa é uma das que podem ser descredenciadas. Ela tem o número necessário de cursos de mestrado, mas faltam os de doutorado.

"O descredenciamento das instituições seria um retrocesso, prejudicaria também os alunos. Queremos cumprir a portaria", diz a reitora Margareth Rose Priel.


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