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Modelo atual da avaliação de ensino superior será aperfeiçoado, afirmou diretora do Inep

08/11/2016 | Por: ABMES | 4686
Augusto Coelho/ABMES

Dirigentes e especialistas responsáveis pela avaliação do ensino superior no Brasil compartilharam conhecimentos e perspectivas nesta terça-feira, 8 de novembro, com representantes de mais de 60 instituições de ensino de todo o país. Com transmissão ao vivo, a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) promoveu o seminário “O cenário da avaliação da educação superior no Brasil e a atuação do Inep/MEC”, na sede da entidade, em Brasília/DF.

A abertura do evento, coordenado pelo diretor presidente da Associação, Janguiê Diniz, contou com a presença da presidente do Inep/MEC, Maria Inês Fini, órgão responsável pela condução de todo o sistema de avaliação de cursos superiores no país. A presidente apresentou dados do último Censo da Educação Superior, mostrando a importância das instituições particulares para a educação no Brasil. “Atualmente, de cada quatro estudantes de graduação, três estudam em instituições privadas”, ressaltou. 

Em seguida, a titular da Diretoria de Avaliação da Educação Superior do Inep/MEC, Margô Gomes Karnikowski, ao lado dos demais membros da pasta – os professores Rui Brito, Mariângela Abrão e Sueli Silveira -, explanaram sobre os principais instrumentos de avaliação in loco realizadas pelas comissões de especialistas e o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade),  ambos previstos na Lei do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Sinaes). 

A diretora reconheceu a necessidade de uma reformulação do modelo de avaliação superior no país. Para ela, o objetivo da avaliação não é “rankear” as instituições, mas levar em conta as características e condições de cada uma delas. “Há quatro meses assumi a diretoria e entendo que é preciso discutir com todos os pares para formatar esse novo modelo de avaliação. Precisamos criar parâmetros de qualidade e fazer uma avaliação usando esses parâmetros. Mas é importante ter um consenso para que não seja mais uma ideia sem continuidade”, afirmou. 

Margô afirmou que do ponto de vista da regulação, um dos principais entraves no processo de avaliação, têm sido feitas várias reuniões com a Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) no intuito de aprimorar a legislação. “As normas serviram para chegarmos onde estamos, mas é preciso que algumas delas sejam revistas. Hoje posso afirmar que temos uma gestão responsável, com vontade, garra e que vamos aproveitar tudo o que já foi discutido até o momento sobre avaliação. Queremos aprimorar o modelo atual, simplificar os processos, rever os indicadores, mas tudo com responsabilidade e com o apoio não só dos nossos pares, mas também de especialistas no assunto que atuam fora da área educacional”, pontuou. 


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