Luciana foi mãe numa idade em que a maioria dos jovens entra na universidade. Parou de estudar e no passado, quando estava perto de conseguir a vaga numa faculdade particular, ficou desempregada.
- Mesmo que eu não conseguisse a bolsa trabalhando, talvez eu conseguiria arcar com alguma parte do curso. E sem estar trabalhando fica praticamente impossível arcar com isso e mais uma despesa da família.
Luciana não é a única que precisou adiar o sonho da faculdade. A crise econômica e mudanças no Fies, que é o Fundo de Financiamento Estudantil do governo federal, são os principais responsáveis pela queda no número de novas matriculas nas universidades particulares.
De 2015 para cá, a renda familiar para participar do Fies caiu de 20 para 2,5 salários mínimos e meio. E os juros do financiamento subiram de 3,4% para 6,5% ao ano.
Resultado: uma redução de quase 7% no ingresso de alunos nas faculdades pagas.
Como explica nesta entrevista pela internet o representante da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior [ABMES], Sólon Caldas: “Tornaram-se as regras muito mais restritivas, e por conta disso o aluno tem mais dificuldade de ter acesso ao ensino superior.
(A reportagem sobre o Fies começa a partir de 41`48``)