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Ensino a distância cada vez mais perto

10/03/2017 | Por: ABMES | 4984
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Acesso à educação mais flexível, com a possibilidade de gerenciar horário e local dos estudos de acordo com as próprias necessidades, custos mais baixos, interatividade e tecnologia. Muitos desses benefícios explicam o aumento do interesse dos alunos pelo ensino superior a distância (EAD) no Brasil, tendência apontada na análise “Cenário da Educação no Brasil”, um estudo dos microdados do Censo da Educação Superior 2015 realizado pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) em parceria com a empresa Educa Insights.  

Segundo o estudo, de 2010 a 2015 houve um crescimento acumulado no número de matrículas na modalidade a distância de 11,1%, enquanto que na presencial o crescimento foi de 3,8%. Outro aspecto apontado nesse mesmo período foi uma inversão do perfil de idade dos ingressantes em cursos presenciais particulares: em 2015, mais da metade (54%) dos estudantes que entraram nestes cursos eram jovens de até 22 anos. Em 2010, menos da metade dos alunos faixa etária (48%) optou pela modalidade. Com relação ao EAD, a análise mostra que o perfil do aluno tem sido o público acima de 22 anos, grupo que geralmente não entra na graduação logo após finalizar o ensino médio. De cinco ingressantes que optam pela modalidade a distância, quatro possuem 23 anos ou mais.  

Quando se trata dos cursos com maior volume de ingressantes, na modalidade presencial a maioria dos estudantes busca cursos tradicionais: Direito corresponde a 14% das matrículas, seguido por Administração, com 9%, e Engenharia Civil, com 6%. Mas quando se fala de EAD, Pedagogia lidera com 20% e Administração ocupa o segundo lugar, com 13%. Cursos de tecnologia em gestão de recursos humanos equivalem a 7% dos ingressantes.

Ao analisar por regiões do Brasil, o Norte do país apresenta o maior índice de crescimento no EAD, com 18%, enquanto que no presencial o aumento foi de 8%. No Nordeste, o crescimento na modalidade foi de 9%, e na presencial 8%.  No Centro-Oeste, 10% e 5%, Sudeste 10% e 3%, e no Sul a diferença é maior: 2% na busca pela presencial, e no EAD, a procura aumentou 11%.  

Outros pontos da análise

  •          De 2010 a 2015, 6 milhões de estudantes concluíram o ensino superior no Brasil;
  •          Atualmente, 77% das matrículas totais correspondem às Instituições Particulares de Educação Superior (IES), enquanto que na pública é de 23%;
  •          A região com maior volume de matrículas é a Sudeste, com 48%, seguida pelo Nordeste, com 18%; Sul, com 17%; Centro-Oeste, com 10%; e Norte, com 7%;
  •          Entre os anos de 2010 e 2015, houve um crescimento acumulado no particular de 5,1%, sendo que no público foi de 3,4%. Porém, ao considerar apenas o período entre 2014 e 2015, houve uma desaceleração acentuada na entrada de novos alunos no ensino superior particular, com uma queda de 7,3% no número de ingressantes;
  •          Com relação ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), houve uma redução de 50% no volume de ingressantes e a representatividade caiu em 13 pontos percentuais. Em 2014, foram 551 mil ingressantes com Fies e, em 2015, esse número caiu para 278 mil;
  •          Em 2015, a taxa de penetração (número de matrículas totais dividido pela população com idade entre 18 e 24 anos) do ensino superior público e privado ficou em 34%, com aumento de um ponto percentual em relação a 2014;
  •          Quanto às mensalidades, o estudo aponta que cerca de 60% das ofertas de cursos estão concentradas nas faixas de R$ 500,00 a R$ 1.000,00.

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Segundo Sólon Caldas, diretor-executivo da ABMES, o que motivou essa inversão no perfil da idade dos alunos calouros foi o Fies, o programa de financiamento estudantil do governo federal