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Educação superior particular cresce em qualidade acadêmica

11/07/2017 | Por: ABMES | 4486
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As instituições de ensino superior (IES) particulares estão evoluindo tanto em qualidade quanto em aumento dos cursos de excelência. É o que indicou a análise de cenário realizada pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), em parceria com a Educa Insights, empresa especialista em pesquisa no mercado da educação.

Ao avaliar indicadores de qualidade de IES públicas e particulares, baseados nos dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a análise demonstra o panorama da qualidade do ensino superior brasileiro de instituições de ensino superior (IES), em diferentes categorias administrativas, e ele indica uma maior evolução no setor particular.  

Primeiramente, foi feita a análise da evolução das IES e dos cursos de excelência levando em conta o resultado do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) de 2015 e os indicadores de qualidade: Conceito Preliminar de Curso (CPC) e o Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC).

Foram analisados os comportamentos e cursos de excelências das IES com notas 4 e 5, dos setores público e privado. O resultado mostrou que houve uma maior evolução no setor particular, apesar de a proporção de IES e cursos de excelência ainda ser maior no setor público.

Segundo dados do Censo da Educação Superior de 2015, das 2.364 instituições de ensino superior (IES) existentes no Brasil, 2.069 são particulares. No entanto, a concentração dos cursos de excelência ainda é maior nas IES públicas (37% contra os 28% oferecidos pelas IES particulares). Vale registrar, contudo, que uma quantidade maior de alunos desses cursos de excelência (85%) está ingressando nos oferecidos pelas IES particulares, o que indica que o potencial dos cursos de excelência é ainda melhor aproveitado no setor privado, mesmo com uma fatia menor de IES com cursos de excelência.

A análise também levantou as melhores IES por cursos avaliados e o resultado demonstrou que as instituições particulares estão evoluindo. Foram selecionados os 15 maiores cursos do ciclo de 2015 e analisadas as dez melhores IES por curso (a partir das notas do CPC= 4 e 5). O resultado indicou as das IES de melhor performance de CPC são as particulares e, mesmo quando consideramos somente cursos de graduação bacharelado, percebemos que 79% das IES com os melhores cursos também são as privadas.

Para o diretor executivo Da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), Sólon Caldas, o setor de educação superior particular vem crescendo muito ao longo dos anos. “Isso demonstra que as IES particulares estão sendo fundamentais para a expansão do setor e estão altamente competitivas em nível de qualidade acadêmica e institucional, contribuindo para o aumento de acesso à educação superior”, reiterou Caldas.

Para saber mais

 O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação, em relação aos conteúdos programáticos, habilidades e competências adquiridas em sua formação. O exame é obrigatório e a situação de regularidade do estudante no Exame deve constar em seu histórico escolar.

A primeira aplicação do Enade ocorreu em 2004 e a periodicidade máxima da avaliação é trienal para cada área do conhecimento. Em 2015 os cursos aferidos forma Negócios e Humanidades.

O Conceito Preliminar de Curso (CPC) é um indicador de qualidade que avalia os cursos de graduação. Seu cálculo e divulgação ocorrem no ano seguinte ao da realização do Enade, com base na avaliação de desempenho de estudantes, no valor agregado pelo processo formativo e em insumos referentes às condições de oferta – corpo docente, infraestrutura e recursos didático-pedagógicos –, conforme orientação técnica aprovada pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes).

O Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC) é um indicador de qualidade que avalia as Instituições de Educação Superior. Seu cálculo é realizado anualmente e leva em conta os seguintes aspectos:

  • Média dos CPCs do último triênio, relativos aos cursos avaliados da instituição, ponderada pelo número de matrículas em cada um dos cursos computados;
  • Média dos conceitos de avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu atribuídos pela CAPES na última avaliação trienal disponível, convertida para escala compatível e ponderada pelo número de matrículas em cada um dos programas de pós-graduação correspondentes;
  • Distribuição dos estudantes entre os diferentes níveis de ensino, graduação ou pós-graduação stricto sensu, excluindo as informações do item II para as instituições que não oferecerem pós-graduação stricto sensu.

Como o IGC considera o CPC dos cursos avaliados no ano do cálculo e nos dois anos anteriores, sua divulgação refere-se sempre a um triênio, compreendendo todas as áreas avaliadas previstas no Ciclo Avaliativo do Enade.


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