A 12ª edição do Concurso Silvio Tendler de Vídeos sobre Responsabilidade Social das IES alcançou um feito inédito: todas as regiões brasileiras foram representadas pelos agraciados. Intuições de educação superior de Belém/PA, Vitória da Conquista/BA, Brasília/DF, Porto Alegre/RS e Campinas/SP foram os grandes destaques.
A comissão julgadora se reuniu na última quinta-feira (04/04) para definir os vencedores. Participaram os membros Fernando Rabello Costa, designer gráfico e diretor de arte da Grau Design; Júlio Cesar de Castro Ferreira, especialista em Marketing e Comunicação Digital; Tonico Botelho, diretor executivo da Incine Vídeo Web, e Lidyane Lima, coordenadora do projeto e gerente de comunicação e TI da ABMES.
Na categoria Documentário, o Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), de Porto Alegre/RS, levou o prêmio com o vídeo “Balcão da Cidadania”. A Universidade da Amazônia - Unidade Belém/PA foi vencedora na categoria Cobertura Jornalística com o trabalho “Ação para inclusão de jovens com Síndrome de Down”. O prêmio de melhor Vídeo Institucional ficou com o Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB), de Brasília/DF, pelo vídeo “IESB em Ação - Programa de Responsabilidade Social” e a obra “Repente da Responsabilidade Social”, da Faculdade Independente do Nordeste (Fainor), de Vitória da Conquista/BA, foi a vencedora na categoria Videoclipe.
A comissão concedeu ainda menção honrosa para a Faculdade São Leopoldo Mandic, de Campinas/SP, pelo documentário “Amazônia: o pulmão, o sangue e os glóbulos verde-amarelos”.
Temas atuais
De forma unânime, os jurados afirmaram que os projetos desta edição chamaram muita atenção e que, entre todos os participantes, os assuntos abordados foram o grande diferencial. “Os vídeos estimularam debates interessantes sobre o tema em si, inclusive durante nosso processo de julgamento. Isso mostra que os projetos estão promovendo uma expansão de consciência e engajando a instituição, os alunos e a sociedade”, explicou Lidyane Lima.
Na mesma linha, Júlio Ferreira disse que nessa edição foi observado o aumento das ações temáticas atuais. “Recebemos vídeos sobre pautas muito quentes como suicídio, bullying, violência doméstica, agressão contra mulher, educação a distância e doação de órgãos. Realmente foi uma mostra de projetos que não só valorizam a instituição, mas que inserem um contexto social como protagonista”.
Segundo Tonico Botelho, a melhor categoria desta edição foi “Documentário”. “Todos os materiais da categoria documentário que chegaram para nós estavam bons. Sentimos que, ano após ano, a preocupação em mostrar a transformação de vidas está aumentando. O documentário que ganhou a menção honrosa, por exemplo, mostra o número de atendimentos realizados em diversas áreas como ginecologia e odontologia, ou seja, vimos que isso realmente mudou a vida daquela comunidade”, afirmou.
Para Fernando Rabelo, é nítido que as instituições estão compreendendo cada vez mais o objetivo da competição. Ele acredita que não é só o concurso de vídeos que está evoluindo, mas a Campanha da Responsabilidade em si. “Os trabalhos enviados atingiram um nível profundo de linguagem. Os alunos tomaram o cuidado de serem detalhistas e expressarem o que realmente aconteceu durante o projeto”, contou.
Qualidade técnica
Outro ponto destacado por Tonico Botelho foi o aumento significativo do uso de drones na produção dos vídeos. “Ele chegou para ficar”, afirmou. “Os equipamentos, de um modo geral, melhoraram muito. Hoje, com uma boa câmera, que não é nada muito caro de se adquirir, um drone, um pessoal bom, é possível melhorar muito os resultados. Qualidade é algo que agrega bastante ao concurso. É legal observar as instituições se empenhando neste quesito”, disse.
De acordo com os membros da comissão, é perceptível que a cada ano o entendimento dos participantes sobre as categorias tem aumentado. Eles afirmam que é natural ter uma oscilação entre as categorias a cada edição, dada a rotatividade das pessoas que se envolvem a cada ano com os projetos, mas de modo geral o concurso tem evoluído.
“Para a ABMES, é uma satisfação muito grande promover essa iniciativa pois é uma forma de termos mais contato com os projetos sociais das instituições. Sentimos que os trabalhos vão além de uma qualidade técnica ou de uma construção documental em relação ao material final, eles mudam vidas”, conclui Lidyane Lima.
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