A educação é elementar para o desenvolvimento de um país. Sendo um bem precioso, acompanhar e entender o que acontece nesse setor não só é relevante, como necessário, uma vez que a sociedade, quanto mais bem informada, tem mais condições de entender o cenário em que está inserida e de cobrar melhorias, avançar no debate e na participação de políticas governamentais favoráveis ao progresso da educação brasileira, entre outros. É nesse sentido que o trabalho de jornalistas de veículos regionais e nacionais de todo o território fazem a diferença.

Para o diretor-presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), Janguiê Diniz, “o bom jornalismo é um dos principais instrumentos de uma sociedade democrática, desenvolvida e justa”. Ainda de acordo com Diniz, a cobertura jornalística ajuda a reforçar a importância do papel social da Educação Superior particular, hoje responsável por 80% das matrículas do setor, por exemplo. “O crescimento e o desenvolvimento da cobertura jornalística sobre o nível superior particular ajudam na busca permanente de melhoria do setor, gerando benefícios sociais, políticos, econômicos e culturais para todas as regiões brasileiras”, diz.

Sob esse aspecto, ele lembra que, no caso da Educação Superior, a simples existência de uma faculdade em um município é capaz de gerar impacto no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e aumentar a renda de sua população. “Além disso, há uma grande quantidade de pessoas que conquistaram a profissionalização por meio do tão sonhado diploma e tiveram as vidas transformadas. Sem a democratização do acesso à Educação Superior, não existe mobilidade social”, enfatiza o executivo. E completa: “O gritante percentual da Educação Superior particular demonstra a enorme contribuição para o processo de formação de profissionais qualificados para atender às demandas do mercado de trabalho, bem como fazer parte do desenvolvimento das carreiras profissionais, e atingindo regiões e cidades distantes, onde o setor público não está presente”, observa.

Incentivando a cobertura sobre educação
Mas, apesar da relevância da cobertura jornalística no setor educacional, de acordo com informações da Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca), o número de manchetes dessa área nos principais jornais aumentou até meados dos anos 2000 e depois parou de crescer. Ampliar, qualificar e elevar o debate sobre educação nos meios de comunicação é tão importante que jornalistas têm buscado se preparar e compartilhar experiências de modo a agregar mais conhecimento para elevar e garantir a qualidade da cobertura no setor.

O diretor-presidente da ABMES avalia que é preciso criar iniciativas que valorizem e incentivem a imprensa brasileira na cobertura jornalística sobre a educação. “A educação é um dos pilares de uma nação”, enfatiza.

Prêmio ABMES de Jornalismo 
Foi pensando exatamente em dar visibilidade a boas práticas que a ABMES realiza o Prêmio ABMES de Jornalismo. Este ano, as inscrições para a premiação, que chega a sua segunda edição, irão até dia 8 de junho.

Podem ser inscritas matérias e reportagens jornalísticas que tratem da Educação Superior no Brasil e que tenham sido publicadas entre 1º de junho de 2017 e 31 de maio de 2018.

Oito trabalhos serão reconhecidos com uma premiação em dinheiro, no valor bruto total de R$ 100 mil. As categorias avaliadas serão: Impresso (nacional e regional), Internet (nacional e regional), Rádio (nacional e regional) e TV (nacional e regional). Cada vencedor da modalidade nacional receberá R$ 15 mil, e da regional, R$ 10 mil. A cerimônia de premiação será realizada no dia 7 de agosto, em Brasília/DF.

Na primeira edição do evento, em 2017, 225 reportagens foram inscritas. Na ocasião, um júri especial, formado por três membros da Academia Brasileira de Letras, avaliou os trabalhos. “Essa iniciativa tem como meta incentivar a imprensa a produzir matérias que estimulem a discussão aprofundada dos principais temas do setor, entre eles os programas sociais do governo federal como o Fies, o Prouni e o Pronatec. Com o prêmio, a expectativa das mantenedoras é reconhecer a cobertura jornalística especializada na melhoria permanente e no desenvolvimento do País”, conclui Diniz