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Números do ensino superior particular brasileiro

02/03/2020 | Por: Estadão | 7719
Foto: ABMES

A cada ano o setor de ensino superior particular amplia sua participação no mercado nacional, expandindo significativamente a oferta com qualidade para os brasileiros. Segundo dados do Censo da Educação Superior de 2018, divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), o segmento é responsável por 93,4% da oferta de educação superior do país, considerando as modalidades presencial e Educação a Distância (EAD).

Quanto às matrículas nas instituições de educação superior (IES) particulares, tivemos no ano de 2018 um número significativo na graduação no Brasil: 70,2% em cursos presenciais (4.489.690) e 91,6% em cursos EAD (1.883.584). Isso significa dizer que, majoritariamente, a educação superior brasileira se dá no setor privado, o que representa uma gigantesca desoneração do Estado com investimentos na formação da população.

Com o intuito de apresentar de forma clara e compacta o cenário do ensino superior particular brasileiro, a ABMES Editora lançou, no dia 18 de fevereiro deste ano, a 19ª edição da publicação “Números do Ensino Superior Privado no Brasil”, a partir de dados do Inep. A obra, de grande relevância para o setor educacional, é considerada uma referência para consulta de estudos e pesquisas na área de dados estatísticos.

Totalizando mais de 2.200 IES particulares em todo o país, o segmento tem dado imensa contribuição no aumento da escolaridade da população. Dados do Censo mostram ainda que a cada ano sobe o percentual de alunos graduados pelo setor privado. No ano de 2018, tivemos um total de 75,5% de concluintes nos cursos presenciais e 93% em EAD nas IES particulares.

Ou seja, o papel social desempenhado por este segmento é infinitamente maior do que a sua importância econômica. O que isso significa para gestores e mantenedores de instituições de ensino superior? Em primeiro lugar, que é preciso inovar cada vez mais, buscando disponibilizar aos nossos alunos uma formação superior de ponta, sintonizada com as tecnologias mais modernas, disponíveis no Brasil e no mundo.

Tendo em vista toda essa representatividade, também precisamos nos organizar enquanto segmento para enfrentarmos e superarmos os desafios cotidianos que nos são impostos, sejam eles do ponto de vista de regulação, de financiamento público, de captação de novos alunos, de sustentabilidade econômica ou de enfrentamento à inadimplência e a evasão escolar.

São desafios enormes que envolvem não somente a categoria, mas também o país como um todo. Assim como ocorre em outros segmentos da economia, onde o governo desenvolve políticas públicas de apoio e incentivo, como por exemplo na produção industrial, o setor particular de educação superior possui uma extensa pauta de reivindicações, que passa pela retomada das políticas públicas de financiamento estudantil, redução da carga tributária, bem como da desburocratização da e regulação.

Essas são demandas cruciais para o crescimento do setor privado de educação superior brasileira e também para a recuperação da economia do país como um todo. Cabe destacar ainda os efeitos positivos advindos com o atingimento da meta 12 do Plano Nacional de Educação (PNE), ao qual prevê o aumento gradual das taxas de matrículas no ensino superior. Mesmo com a perspectiva de que as metas sejam alcançadas 13 anos após o previsto para o atual PNE, que possui abrangência até 2024, o setor educacional segue firme e propositivo no objetivo estabelecido pelo governo.


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A décima nona edição dos “Números do Ensino Superior Privado no Brasil 2019” – ano base 2018 –, organizada pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), com base nos dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), tem como objetivo demonstrar, compacta e claramente, as dimensões da iniciativa privada de ensino superior.