O ministro da Educação Milton Ribeiro disse nesta segunda-feira (26/10) que a vontade da pasta é que as aulas presenciais regulares voltem "o mais cedo possível" nos estados. Até agora, poucas federações promoveram o retorno às escolas de alunos dos ensinos fundamental e médio, priorizando a volta do ensino infantil primeiro.
Em estados como São Paulo e Rio de Janeiro, algumas cidades já se aproveitaram de autorizações estaduais para retomar as aulas regulares de forma voluntária nas redes pública e privada. A adesão, porém, principalmente no ensino público, tem sido baixa.
"Nossa vontade é que as aulas voltem o mais cedo possível. Sempre claro, observadas as questões sanitárias e de cuidado com as nossas crianças", afirmou Ribeiro em entrevista à CNN Brasil enquanto cumpria agenda hoje no Rio de Janeiro.
O chefe do MEC (Ministério da Educação) fez questão de citar o investimento que a pasta fez para tentar garantir um retorno com menos riscos de contaminação pelo novo coronavírus.
"Sobre isso, o governo [do presidente Jair] Bolsonaro, nós, enviamos para 117 mil escolas em todo Brasil, o valor rateado, naturalmente, proporcional de R$ 525 milhões somente para a compra de EPI's [Equipamentos de Proteção Individual], de álcool em gel, pequenos reparos", disse o ministro.
"Tudo isso indicando que há um desejo do governo e do próprio MEC que a normalidade possa voltar o mais breve possível", completou Ribeiro.
As aulas foram suspensas pelos estados ainda no início da pandemia no país, em meados de março. Atualmente, federações como Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Santa Catarina tentam estabelecer um cronograma de retorno, mas ainda estão sob incertezas e alguns estados vivem brigas jurídicas sobre o retorno.
Uma exceção na volta às aulas foi Manaus, que retomou atividades presenciais regulares ainda em julho na rede privada e em agosto na rede pública.