Detalhe

Ensino Superior dá sinais de recuperação e atrai estudantes da área de saúde

24/11/2020 | Por: Portal Jota | 5340
Reprodução Estudante não quer mais adiar sonho da formação superior

Oito meses depois do início das medidas de isolamento social para conter a pandemia da Covid-19, o ensino superior vê os primeiros sinais de recuperação. Com a proibição das aulas e outras atividades educacionais presenciais, houve aumento da demanda reprimida de estudantes que pretendem ingressar na universidade no próximo ano.

A demanda atual mostra que 39,7% dos estudantes entrevistados querem começar a graduação no primeiro semestre de 2021, dado que é 24 pontos percentuais maior em relação à identificada no estudo anterior, que se referia ao segundo semestre de 2020.

A maior demanda reprimida está na região Centro-Oeste, que apresenta o percentual de 58% de estudantes que querem começar a graduação no início do ano que vem.

Entre os que pretendem cursar graduação já no início de 2021, 33% optam pelo ensino presencial, enquanto 46% manifestam interesse pelo ensino virtual. Foi identificada ainda queda desde o início da pandemia de 38% para 26% no nível de incerteza do estudante sobre quando pretende iniciar a faculdade.

Essa foi a 5ª fase da pesquisa ao longo do período de quarentena para identificar o comportamento dos estudantes e basear o planejamento das Instituições de Ensino Superior. Neste ciclo, foram consultados pela internet 1.102 homens e mulheres, entre 13 e 15 de novembro, em todas as regiões do país.

O estudo traz também informações sobre o impacto do adiamento do Enem na intenção de matrícula dos estudantes e a escolha do curso.

Área da saúde cresce
A pesquisa também identificou que quatro em cada dez estudantes que aspiram a uma vaga nas universidades na área da saúde preferem cursos presenciais.

Segundo o levantamento, entre os 15 cursos mais procurados pelos participantes estão  enfermagem, psicologia, educação física, biomedicina, nutrição e fisioterapia. Os cursos da área da saúde representam mais de 73% das intenções de matrícula. Considerando apenas as graduações no modo presencial, o interesse na área da saúde alcança o percentual de 36,1% e 17,5% na EAD.

Para o diretor presidente da ABMES, Celso Niskier, a “preferência por formações na área da saúde expõe a crescente valorização desses profissionais durante o combate à pandemia, em especial na linha de frente de enfrentamento”.

A ABMES ressalta que a pandemia acelerou a tendência já revelada pelo Censo da Educação Superior de 2019, do INEP/MEC, de crescimento das matrículas em graduações de saúde nas instituições privadas nos últimos anos.

O desafio que se coloca é o aumento da oferta dos cursos de saúde e a adaptação deles, em especial de medicina, no modelo de ensino para o modo híbrido ou remoto, mantendo todos os requisitos de qualidade.

“Se eu quero colocar mais escala em cursos de saúde, tem que migrar para outro tipo de oferta”, diz Daniel Infante, sócio-fundado da Educa Insights.

A ABMES reitera que as instituições tem autonomia para distribuir essa oferta de acordo com a demanda e adequar as aulas às medidas de biossegurança. 

O setor está confiante e avalia que os números indicam o aumento na confiança dos estudantes para retomar as atividades presenciais a partir do próximo ano.  “A notícia é animadora e estamos bastante otimistas para 2021”, comentou Sólon Caldas, diretor executivo da ABMES.


Conteúdo Relacionado

Vídeos

Coronavírus e educação superior: 5ª fase do estudo sobre o que pensam os alunos

Confira a íntegra do seminário "Coronavírus e educação superior: 5ª fase do estudo sobre o que pensam os alunos". O evento foi realizado na terça-feira (17/11), pelo YouTube da ABMES

 

Seminário Virtual ABMES | Coronavírus e educação superior: 4ª onda do estudo

Confira a íntegra do seminário virtual da ABMES "Coronavírus e educação superior: 4ª fase do estudo sobre o que pensam os alunos". Coordenação: Celso Niskier, diretor presidente da ABMES Participação: Daniel Infante, sócio-fundador Educa Insights Sólon Caldas, diretor executivo da ABMES

Seminário Virtual ABMES | Coronavírus e educação superior: 3ª onda do estudo

Confira a íntegra do seminário virtual da ABMES "Coronavírus e educação superior: 3ª fase do estudo sobre o que pensam os alunos". Coordenação: Celso Niskier, diretor presidente da ABMES Participação: Daniel Infante, sócio-fundador Educa Insights Sólon Caldas, diretor executivo da ABMES 

Seminário Virtual ABMES | Coronavírus e educação superior: 2ª onda do estudo

Confira a íntegra do Seminário Virtual ABMES, realizado no dia 5 de maio de 2020, que apresentou a segunda onda do do estudo sobre o impacto do novo coronavírus na educação superior, feito pela empresa de pesquisas educacionais Educa Insights. Coordenado por Celso Niskier, diretor presidente da ABMES, o evento contou com a participação de Daniel Infante, sócio-fundador Educa Insights, e Sólon Caldas, diretor executivo da ABMES

Impactos do Coronavírus na rotina das instituições de educação superior

Diante do avanço global do novo Coronavírus (COVID-19), a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) esclarece alguns pontos importantes a respeito dos impactos do novo vírus na rotina das instituições de educação superior

Notícias

Destaque a hospitais e à ciência amplia busca por cursos de Saúde na pandemia

Número de inscritos em Medicina na USP aumentou quase 20% e Biomedicina teve recorde; na Unicamp procura também cresceu

Após recusa de universidades, MEC desiste de retorno das aulas em janeiro

Portaria que determinava a volta das aulas presenciais a partir de 4 de janeiro foi publicada no DOU nesta quarta-feira e recebeu críticas da comunidade universitária

Para forçar volta à escola, MEC resiste em homologar permissão de aula remota até fim de 2021

Caso resolução do CNE não seja homologada, municípios, estados e universidades não poderão computar atividades remotas como carga horária a partir de janeiro

Pesquisa aponta que 51% ainda não se inscreveu no vestibular da instituição que deseja estudar

Levantamento da Educa Insights e ABMES foi feito com 1.102 pessoas, de 17 a 50 anos, que desejam ingressar em cursos presenciais e a distância ao longo dos próximos 18 meses.

Pandemia provoca aumento do interesse de alunos por graduações na área de Saúde

Pesquisa da ABMES e Educa Insights indica preferência de 36% dos entrevistados por cursos de enfermagem e psicologia, por exemplo, e indica demanda reprimida de estudantes

Pandemia cria demanda reprimida para educação superior em 2021

Estudo com mais de 1.000 pessoas mostra que brasileiros que estavam adiando os estudos pretendem retomar planos nos próximos meses

Educação é atividade essencial

Correio Braziliense: Em artigo, Celso Niskier, diretor presidente da ABMES, avalia que o setor educacional é tão importante quanto outras atividades econômicas

Futuros universitários ainda sofrerão efeitos da pandemia em 2021

Além de interferir na rotina de quem já está matriculado no ensino superior este ano, a pandemia de covid-19 também vai impactar aqueles que pretendem entrar na universidade em 2021

'Vontade é que as aulas voltem o mais cedo possível', diz Ministro da Educação

Ministro da Educação deseja que as aulas presenciais voltem o quanto antes, observadas as questões sanitárias e de cuidados com as crianças

Tecnologia já tem mais de 30.000 licenças em uso por alunos, professores e Instituições de Ensino na área da Saúde

A nova versão foi desenvolvida ouvindo as necessidades, feedbacks e outras informações compartilhadas pelos usuários, e está muito mais rápida e fluída

Câmara fará nova audiência pública sobre PL que proíbe EAD para cursos de saúde

Votação do projeto foi adiada a pedido do deputado federal José Saraiva, que afirmou precisar de mais informações sobre o tema

Coluna

Educação Superior Comentada | A polêmica envolvendo a oferta de cursos da área da saúde na modalidade EAD

Na edição desta semana da Coluna Educação Superior Comentada, o consultor jurídico da ABMES, Gustavo Fagundes, analisa o debate acerca da oferta de cursos de graduação na área da saúde na modalidade de educação a distância. Segundo ele, o cerne da discussão é a divulgação equivocada da informação de que o contexto regulatório tornou possível a oferta desses cursos de forma totalmente virtual