O ministro da Educação, Milton Ribeiro, reforçou o posicionamento do governo federal em iniciar tão logo o retorno do ensino presencial no País. Nesta semana, o MEC publicou portaria para que a rede federal, que corresponde ao ensino superior, voltasse às aulas nas unidades no início de janeiro. O documento foi criticado pelas entidades de reitores e professores das universidades que argumentavam não haver segurança sanitária para a volta presencial já no próximo mês.
Nesta sexta-feira (4), o MEC e as entidades voltaram a negociar um novo prazo para o retorno presencial. O Conselho Nacional de Educação (CNE) quer a homologação de documento que mantém as aulas remotas até o final de 2021. Na manhã deste sábado (5), Ribeiro disse sobre a necessidade do retorno, nem que seja em um formato híbrido, e que isso não poderia ficar para o final do próximo ano.
O ministro garantiu que o retorno das aulas deve sim ocorrer com segurança, em razão da pandemia de Covid-19, mas com celeridade. “Não podemos deixar para o final do ano que vem”, disse. Em entrevista à imprensa, o ministro garantiu que deve tomar a decisão essa semana em relação a uma data para a volta das aulas presenciais.
Ao ser perguntado se estaria rechaçada a possibilidade de manter as aulas remotas até o final de 2021, ele não respondeu. Repetiu apenas que a decisão será tomada após os posicionamentos das universidades, o que já foi feito. “Vamos voltar com toda a questão da biossegurança possível”, disse.
Em sua fala no evento de inauguração do CMEI, Ribeiro disse ainda que ele e o governo são negacionistas sobre a pandemia. Reforçou torcer para a chegada da vacina contra a Covid-19, independente de qual a origem, mas criticou a Coronavac, feita pelo laboratório chinês e em parceria com o Instituto Butantã, do governo de São Paulo.
Ribeiro afirmou que as primeiras doses deveriam ser dadas ao governador João Dória (PSDB) e à sua equipe de saúde. “Eles tomam e a gente espera para ver se não acontece nada, depois tudo bem”, argumentou.