A 1ª fase do Revalida, exame que habilita médicos com diploma estrangeiro para trabalhar no Brasil, aprovou 2.402 candidatos, de 15.580 inscritos na prova feita em dezembro. A 2ª etapa, no entanto, está atrasada. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministerio da Educação (MEC) responsável pelo teste, diz fazer esforços para concluir o processo seletivo e afirma que há estudos em andamento, mas ainda não definiu data para a nova fase.
O reforço de profissionais com diploma estrangeiro seria uma alternativa para o sistema de saúde do Brasil, que enfrenta colapso diante da alta de internações pela covid-19 e tem dificuldades de montar equipes para a linha de frente. O déficit de trabalhadores especializados é ainda mais crítico nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
A nota do Inep, divulgada após o Estadão mostrar o atraso na 2ª etapa da prova, informa que “o Ministério da Educação (MEC) e o Inep estão preocupados" em reforçar as equipes médicas no enfrentamento da pandemia, logo, "não pouparão esforços" na realização do exame. "O edital da segunda etapa do Revalida será divulgado tão logo sejam definidos os dias e locais de prova que atendam aos protocolos de segurança sanitária emitidos pelo Ministério da Saúde”.
A nota do órgão federal ainda fala sobre os valores exatos cobrados para a realização do exame. “O Inep esclarece que, em cumprimento à Lei 13.959/2019, o valor cobrado para a realização da primeira etapa do exame foi de R$ 330,00 (trezentos e trinta reais), o que equivale a 10% do valor mensal da bolsa vigente do médico-residente, e será de R$ 3.330,43 (três mil, trezentos e trinta reais e quarenta e três centavos) na segunda etapa, equivalente ao valor mensal da bolsa vigente do médico-residente."