Entre saudações a Deus, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, defendeu o retorno seguro às salas de aula, propagandeou seu modelo de avaliação virtual das instituições de Ensino Superior e defendeu a “desburocratização do MEC” em sua fala na abertura do 13º Congresso Brasileiro da Educação Superior Particular (CBESP), que é realizado entre esta quinta (27) e sexta-feira (28), de maneira virtual.
No começo do seu pronunciamento, ele ressaltou que a educação brasileira é um grande desafio e que, por isso, acredita que a iniciativa privada "presta um serviço essencial” para o Brasil, já que não há possibilidade para todos os brasileiros estudarem na rede pública do Ensino Superior.
— O Brasil não tem condições de fornecer e abrir vagas novas. Então, o país é parceiro do Ensino Superior, da iniciativa privada e não o contrário — disse o responsável pelo MEC se referindo à oferta de vagas nas universidades.
Reforçou sua posição como defensor da educação como atividade essencial e pediu que a população pressione os senadores para que o PL 5595/2020 seja aprovado para que vá para a sanção do presidente Jair Bolsonaro, já que ele foi aprovado pela Câmara dos Deputados.
O PL em questão busca o reconhecimento da educação básica e da educação superior, em formato presencial, como serviços e atividades essenciais e procurar estabelecer diretrizes para o retorno seguro às aulas presenciais.
No ensejo deste assunto, Milton ressaltou que é preciso voltar às aulas presenciais com segurança:
— Creio que a vacinação que se realiza e que passou a contemplar profissionais da educação vai permitir esse retorno. A aula presencial, para mim, é insubstituível. Todos os equipamentos e as ferramentas são úteis e necessários, mas o contato, a aula presencial, isso tudo é algo que, na construção do saber do aluno, é insubstituível. Em razão disso, o MEC tem estudado os riscos da suspensão dessas atividades presencias. O comprometimento de calendário, da aprendizagem e a potencial evasão escolar têm nos preocupado. Apoiamos radicalmente a retomada com segurança.
Ribeiro falou ainda que, com o tempo, o MEC se transformou em um “cartório” e que gostaria que o ministério tivesse uma secretaria de desregulamentação. Dentro desse contexto, destacou a iniciativa adotada pela pasta para dar celeridade nos processos de avaliação e regulamentação de instituições de ensino.
— Implementamos a avaliação virtual. Queremos tirar toda a burocracia desnecessária da regulamentação e credenciamento das instituições. Queremos cobrar o que é necessário e acompanhar que tipo de educação e conteúdo são ofertados para a população. Essa é a grande meta do MEC. Já fizemos 186 visitas virtuais, 37 são realizadas nessa semana e a nossa meta é alcançar as 5 mil visitas virtuais até outubro — assegurou o ministro da Educação.