RIO - O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou que a aula presencial é insubstituível, mas que não irá comandar um retorno às aulas dos estudantes brasileiros "a qualquer preço". A declaração foi dada nesta quinta-feira, durante pronunciamento de Ribeiro na sessão solene de abertura do XIII Congresso Brasileiro da Educação Superior Particular (Cbesp).
— A vacinação já começou a atender os profissionais da educação. Primeiro, os da educação básica e, agora, estão começando a vacinar os profissionais de ensino superior para que o retorno possa acontecer — afirmou Ribeiro.
O MEC tem sido criticado por não ter elaborado um plano claro nacional para o retorno às aulas. No evento, no entanto, o ministro destacou que o MEC tem "estudado os principais riscos decorrentes da suspensão das atividades presenciais". Ele seguiu:
— Apoiamos totalmente e radicalmente o retorno com segurança. (Mas) não queremos retorno a qualquer preço. É muito importante o retorno com cuidados devidos até termos total domínio dessa enfermidade.
Ainda sobre o retorno das aulas presenciais, o titular da pasta demonstrou "preocupação" com o uso, pelo Plano Nacional de Imunização (P.N.I.), sob a coordenação do Ministério da Saúde, do que parece ser a vacina CoronaVac, do Instituto Butantan:
— Fiquei preocupado com algumas noticias que recebi hoje de vacina que não tem cobertura suficiente e que atingiu a maior parte da população brasileira. São informações, às vezes contraditórias, mas que nos preocupam.
No último fim de semana, estudo sobre a CoronaVac com 17 mil pessoas confirmou a efetividade da vacina em idosos, mas reforçando a importância de se manter uso de máscaras e distanciamento após a imunização.
O estudo, financiado pelo braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) na América Latina, mostrou que, apesar de o desempenho cair de 50,7% para 41,6% em maiores de 70 anos, a orientação oficial é a de seguir a campanha com o imunizante reforçando a importância de uma segunda dose
Milton Ribeiro trambém tratou do processo de avaliação das instituições de ensino superior. Segundo o ministro, por conta da pandemia, elas seguirão sendo feitas de modo virtual, por videoconferência.
— (A avaliação virtual) tem respondido de maneira eficaz às demandas do setor. O objetivo é fazer, só em junho, 600 avaliações. Já fizemos 186 visitas virtuais. Se não fosse isso, teríamos 186 instituições em atraso. Nesta semana, estão acontecendo 37 avaliações. A nossa meta é a realização de 5 mil visitas virtuais até o final de outubro.