O ministro da Educação, Milton Ribeiro, voltou a criticar instituições públicas de ensino ao afirmar que educação não poderia servir às ideologias de esquerda ou de direita e que as universidades não deveria ser “comitês políticos”. As declarações foram dadas à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) nesta terça-feira. Mais uma vez, o pastor e professor dispensou o uso de máscara durante audiência na Câmara dos Deputados.
— Para mim, educação não tem partido. Mas não tem partido nem de esquerda, nem de direita. Não podemos transformar as universidades federais em comitês políticos.
As declarações vão na linha do que afirmou ao programa "Sem Censura", da TV Brasil, e do que é defendido pelo presidente Jair Bolsonaro. O ministro também voltou a explicar declarações polêmicas na reunião, como "a universidade deve ser para poucos" e alunos com deficiência “atrapalharem” outros estudantes. Em seminário, Ribeiro afirmou que as declarações foram tiradas de contexto.
— O que eu quero entregar para a nação brasileira como minha resposta de gratidão e idealismo por ter estudado em escola pública é um resultado, um legado, alguma coisa realmente factível. Não tenho interesse em virar celebridade, não sou candidato, não sou filiado a partido. Respeito a classe política, mas tenho nenhuma pretensão dessa natureza. (...) O que tenho feito é trabalhar — declarou à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO).
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) também iriam à reunião, mas adiaram a participação.