A Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou nesta quinta-feira (7) o cronograma de retorno pleno às aulas presenciais na capital fluminense, sem a necessidade de rodízio ou do distanciamento social entre os alunos.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (SME), a volta será feita em duas etapas, com parte dos estudantes retornando no próximo 18 e outra no dia 25. As escolas, no entanto, terão que oferecer a opção do ensino híbrido para quem não quiser estudar presencialmente.
O calendário municipal de ensino do Rio contempla desde o retorno de creches até os alunos do EJA, programa de educação para jovens e adultos. O uso de máscaras permanecerá obrigatório, com exceção das crianças de até 3 anos. Já o distanciamento entre as cadeiras não será mais necessário.
“É obrigatório o uso de máscara durante o deslocamento e dentro da Unidade Escolar durante todo o período de permanência, com exceção dos momentos de alimentação e hidratação”, enfatiza um trecho do protocolo sanitário da Prefeitura.
Para o secretário municipal de educação, Renan Ferreirinha, o retorno às aulas foi viabilizado pela vacinação contra o novo coronavírus. De acordo com ele, todos os professores estão imunizados com as duas doses. Ferreirinha também detalhou à CNN, nesta sexta-feira (8), as medidas adotadas pela prefeitura para a retomada das atividades presenciais.
“Nós já distribuímos máscaras para todos os nossos profissionais de educação, máscaras PFF2 e álcool em gel. Nós temos todos os nossos profissionais já imunizados, ou seja, com a segunda dose. Tudo para fazer as nossas unidades funcionarem da melhor forma possível, seguindo o protocolo sanitário. Estamos preparados para o retorno 100% presencial”, disse Ferreirinha.
Na cidade do Rio de Janeiro, as escolas municipais ficaram pelo menos 11 meses sem aulas presenciais. O retorno das atividades nos colégios para os alunos aconteceu, gradativamente, no fim de fevereiro. Cerca de 39 mil professores na rede e mais 14 mil trabalhadores, como secretárias e merendeiras, atuam na rede de ensino da capital fluminense.
Em nota, o sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) contestou a decisão. No comunicado divulgado nesta sexta-feira (8), o grupo destacou que “mantém a posição contrária ao retorno integral das aulas presenciais e de defesa do funcionamento de forma híbrida, com rodízio entre os alunos”.