Pesquisa realizada com recém-formados mostra que 86% daqueles que estudaram em cursos presenciais estão empregados nas áreas que estudaram. Entre aqueles que fizeram graduação on-line, esse percentual é de 56%. O levantamento é da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes) e Symplicity, empresa de software de empregabilidade de estudantes, que entrevistou um total de 2 mil alunos de 10 instituições de ensino superior privadas, formados entre meados de 2020 e 2021.
A pesquisa mostra ainda que a renda mensal para quem fez graduação presencial é de R$ 3,9 mil, enquanto que modalidade a distância, o salário é de R$ 3,5 mil, ou seja, diferença de 10%. Quando se exclui os cursos de medicina e engenharia, que em sua maioria são presenciais, o salário médio dos recém formados em cursos presenciais e on-line é igual.
Os cursos em que há maior volume de recém-formados atuando em seus respectivos mercados são: engenharia, com 93% deles trabalhando na área; seguido por saúde (85%), computação (77%), comunicação (67%), direito e educação (63%) e negócios (58%). As exceções são os cursos de hospitalidade em que apenas 20% atuam nesse mercado e humanidades, em que uma fatia de 30% trabalha na área.
“Os resultados mostram que a educação superior ainda é ótimo investimento para garantir a empregabilidade dos egressos. Notamos que carreiras, como computação — e mesmo a área de saúde —, possuem índices mais altos de empregabilidade, o que está de acordo com o que nós percebemos das necessidades reais do mercado de trabalho”, disse Celso Niskier, presidente da Abmes.
O levantamento mostra ainda que a área com o melhor salário para o recémformado é de computação, com salário médio de R$ 5,3 mil. Nas engenharias, o rendimento é de quase R$ 4,5 mil. No mercado de hospitalidade, apesar do baixo número de alunos trabalhando na área, o salário é também de R$ 4,5 mil. Em saúde, que engloba desde médicos e enfermeiros, a renda média é de R$ 3,9 mil. Nas áreas de comunicação, direito e negócios, o salário fica entre R$ 3,3 mil e R$ 3,7 mil. Já aqueles formados nas áreas de educação e humanidades, o salário é o menor, na casa dos R$ 2,7 mil