Inovação Social: O Poder da Ciência e Tecnologia

Espaço destinado à atualização periódica de tecnologias nacionais e internacionais que podem impactar o segmento educacional e, portanto, subsidiar gestores das instituições de ensino para que sejam capazes de agir proativamente olhando para essas tendências.

19/11/2024 | 90

Inovação Social: O Poder da Ciência e Tecnologia

Por Carmen Tavares*

A ciência e a tecnologia são os pilares que impulsionam a evolução social e econômica nas sociedades modernas. Em países em desenvolvimento, onde o potencial transformador do conhecimento científico é imenso, ainda existem barreiras significativas que limitam seu impacto real na sociedade. Empresas globais, como a Bayer e a Pfizer, já descobertas como a pesquisa científica podem transformar realidades quando bem integradas às necessidades sociais. Da mesma forma, universidades inovadoras, como a Universidade de São Paulo (USP) no Brasil e o Massachusetts Institute of Technology (MIT) nos EUA, têm trabalhos para tornar o conhecimento científico mais acessível e aplicável, garantindo benefícios concretos em suas comunidades e além.

Um desafio crítico na apropriação social do conhecimento científico é a desconexão entre ciência e sociedade. Muitos percebem a ciência como um conjunto de informações abstratas, difíceis de relacionar ao dia a dia. Quando se discutem temas essenciais, como mudanças climáticas e transição para energias renováveis, uma linguagem técnica acessível pode dificultar a compreensão e reduzir o interesse do público. Empresas de tecnologia como a Tesla e a Google exemplificam o contrário: elas envolvem as pessoas em seus avanços, explicando como suas inovações impactam o cotidiano, da sustentabilidade à mobilidade urbana. Essa abordagem de comunicação contextualizada gera um entendimento mais claro, que poderia ser adotado também no meio acadêmico e científico para um engajamento social mais profundo.

A educação científica é o alicerce para promover uma sociedade crítica e informada, mas, em muitos países, o ensino ainda privilegia a memorização de conceitos técnicos em detrimento de uma abordagem que conecta a ciência às questões éticas e sociais. Imagine um currículo que aborde as implicações ambientais e sociais das novas tecnologias, como o uso de inteligência artificial, promovendo uma análise crítica desde o ensino fundamental. Universidades como Stanford e Harvard já implementam currículos que estimulam o pensamento crítico, formando estudantes não apenas para compreender a ciência, mas para aplicá-la em benefício da sociedade.

A superação dessas barreiras passa por uma reforma na educação científica que integra o contexto social e ético ao conhecimento técnico. Para isso, os educadores devem estar preparados para conectar a ciência às questões reais, desde os desafios ambientais até a inclusão digital. Iniciativas como a Universidade de Oxford, que oferece programas de capacitação em comunicação científica para docentes, são essenciais para tornar o conhecimento mais acessível e engajador.

Outro fator decisivo é a participação social nas decisões científicas. Espaços de diálogo e escuta ativa, como os promovidos por instituições governamentais e ONGs em países como a Dinamarca e a Holanda, possibilitam que uma sociedade se sinta parte das decisões que impactam seu futuro. Nos Estados Unidos, o programa “Ciência Cidadã” incentiva as comunidades a contribuir diretamente em projetos científicos, fortalecendo o vínculo entre ciência e sociedade. Nos países em desenvolvimento, esse modelo de diálogo pode ser adaptado para discutir temas locais urgentes, como o impacto de projetos de infraestrutura no meio ambiente e na saúde pública.

A apropriação social do conhecimento científico demanda uma colaboração estratégica entre educação, comunicação e participação ativa da sociedade. Universidades e empresas com visão de futuro têm um papel essencial nesse cenário: ao criar uma cultura científica acessível e inclusiva, elas pequenas para que o conhecimento científico seja uma ferramenta de desenvolvimento sustentável e equitativo. Quando a sociedade e a ciência caminham lado a lado, a inovação se torna o motor da transformação social, capaz de elevar as condições de vida e promover um futuro mais justo para todos.

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*Maria Carmen Tavares Christóvão é Mestre em Gestão da Inovação com área de pesquisa em Inovação Educacional. Diretora da Pro Innovare Consultoria de Inovação atuou como Reitora, Pró Reitora e Diretora de Instituições de Ensino de diversos portes e regiões no Brasil.  www.proinnovare.com.br  

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Carmen Tavares

Gestora educacional e de inovação com 28 anos de experiência em instituições de diversos portes e regiões, com considerável bagagem na construção de políticas para cooperação intersetorial, planejamento e gestão no ensino privado tanto na modalidade presencial quanto EAD. Atuou também como executiva em Educação Corporativa e gestora em instituições do Terceiro Setor. É mestre em Gestão da Inovação pela FEI/SP, com área de pesquisa em Capacidades Organizacionais, Sustentabilidade e Marketing. Pós-graduada em Administração de Recursos Humanos e graduada em Pedagogia pela UEMG.

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