O custo do aluno da instituição de ensino superior federal (IFES) é 89% mais alto que do aluno mantido pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A informação é resultado do levantamento “A relação entre o Fies e o Ensino Superior no Brasil”, realizado pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) em parceria com a Educa Insights, que fez uma recapitulação do histórico do programa, tanto em termos de matrículas quanto de custos. Também foi abordado o futuro do Fies.
Em 2015, o custo médio de um estudante de uma instituição federal foi de R$ 20 mil. No mesmo período, o gasto com o estudante do Fies foi de aproximadamente R$ 10 mil anuais. Assim, além de ampliar o acesso à graduação no Brasil, o Fies também é uma alternativa mais barata.
Ainda de acordo com as informações, 83% dos egressos do Fies são oriundos de escolas públicas e 73% têm renda familiar mensal inferior a 4,5 salários mínimos. Já 64% trabalham no último ano de curso. As áreas de estudo mais escolhidas pelos alunos do Fies são: Saúde (33 % das matriculas regulares), Engenharias e TI (22%) e Direito (17%). Ao comparar com alunos sem o financiamento, o cenário muda. Saúde e Negócios têm 23% cada, seguido de Engenharias e TI (20%) e Direito (16%).
A região Sudeste concentra 46% das matrículas nacionais do Fies, seguida do Nordeste com 25%, Sul e Centro-Oeste com 12% cada e Norte com 5%.
Mudanças
O governo federal anunciou que em breve apresentará um novo modelo do Fies como forma de garantir a sustentabilidade do programa. Desde sua criação em 1999, o Fies atendeu a 2,74 milhões de estudantes. Em 2015, o programa representava mais de 1/4 das matrículas presenciais particulares do Brasil. No primeiro semestre de 2017, foram disponibilizadas 150 mil vagas. Atualmente o valor limite das mensalidades financiadas é de R$ 5 mil.
A íntegra da pesquisa está disponível para os associados neste link.