A permissão para que endividados com o Fies saquem recursos do FGTS, proposta da Câmara na medida provisória do crédito estudantil, divide representantes de entidades patronais que participam do conselho curador do fundo.
"É um dinheiro oriundo de reserva do trabalhador, e os alunos passam por apertos para conseguir quitar o financiamento após formados", afirma Antônio Magno Borba, representante da Confederação Nacional da Saúde.
Educação tem verba prevista no orçamento da União, e o propósito do FGTS não a contempla, diz José Carlos Martins, da Câmara Brasileira da indústria da Construção.
"Cerca de 30% dos que possuem dívida no Fies têm depósito no fundo de garantia. Dá R$ 27 bilhões, mais ou menos metade da verba prevista para a habitação em 2018."
Foi o relator da medida provisória do Fies, o deputado Alex Canziani (PTB-PR), que incluiu a possibilidade de usar o FGTS para pagar o Fies.
O texto vai a plenário e, para derrubar essa parte do projeto, é preciso que a emenda seja votada em destaque.
Os que são contrários vão procurar os deputados para derrubar essa proposta, afirma um representante do comércio no conselho do FGTS.