O número de alunos matriculados no ensino superior aumentou 3% em 2017, após estagnação no ano anterior. O crescimento, no entanto, só ocorreu na modalidade a distância. Com isso, o setor ainda não retomou o ritmo anterior à crise econômica.
Entre 2007 e 2014, o total de matrículas em faculdades e universidades nas duas modalidades crescia, em média, 6% ao ano.
Os dados são do Censo da Educação Superior de 2017, divulgado pelo MEC (Ministério da Educação) nesta quinta-feira (20).
No ano passado, o país tinha 8,3 milhões de alunos em cursos de nível superior (presencial e a distância), contra 8,05 milhões em 2016.
O número total de ingressantes (novos alunos) teve um crescimento de 8% em relação a 2016, foram 3,2 milhões a mais.
O aumento, porém, foi puxado pelos cursos à distância, em que o número de matrículas cresceu 17,6% de 2016 para 2017, maior alta desde 2008. O total de ingressantes na modalidade também disparou, com 27% de crescimento —enquanto nos cursos presenciais, o acréscimo foi apenas de 0,5%.
A modalidade a distância tem registrado expansão nos últimos anos e já representa 21,2% do total de alunos —em 2007, era apenas 7%.
O número de matriculados na rede privada também voltou a crescer em 2017, após queda de 0,2% registrada no ano anterior, na esteira da crise econômica, desemprego e enxugamento do Fies (programa de Financiamento Estudantil), promovido nos governos Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).
O total de alunos das instituições particulares, que concentram 75% do total de matrículas no ensino superior, passou de 6,05 milhões para 6,2 milhões —um aumento de 3%.
Outro índice que teve leve aumento neste levantamento foi o da quantidade de alunos que se formaram. De 1,16 milhão de concluintes em 2016 para 1,19 milhão em 2017, considerando as modalidades presencial e a distância.