As instituições privadas de ensino superior do país oferecem, atualmente, 1,2 mil cursos de pós-graduação stricto sensu, tanto acadêmicos quanto profissionais. O dado foi revelado nesta terça-feira (2) por Sônia Báo, presidente substituta e diretora de Avaliação da Capes, durante seminário realizado na sede da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), em Brasília.
Segundo Báo, metade dos 835 programas de pós-graduação de instituições privadas está localizada no Sudeste. Já o Norte concentra apenas 1,32% da oferta. Na visão da diretora, até mesmo os estados com uma estrutura de ensino superior mais robusta devem ficar atentos à situação. “Se eu pensar no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, eles também estão ruins. Considerar a região, dependendo do que a gente quer ver, nem sempre é bom”, alerta.
Em sua palestra, a diretora também defendeu o aprimoramento do sistema de avaliação, com a adoção de um modelo multidimensional baseado em cinco pilares: ensino e aprendizagem, impacto e relevância para a sociedade, inovação e transferência de conhecimento, internacionalização/inserção e produção de conhecimento.
Seminário
O evento foi promovido pela ABMES, entidade que representa o ensino superior particular em todo o território nacional, para debater a política de pós-graduação stricto sensu nas modalidades presencial e a distância. Os participantes discutiram os reflexos das portarias nº 90, de 24 de abril, que trata dos programas na modalidade de ensino a distância, e nº 103, de 14 de maio, sobre a recriação da Comissão Especial de Acompanhamento do Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG) 2011-2020.