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ABMES realiza webinar para lançamento da 44ª edição da Revista Estudos

28/05/2020 | Por: ABMES | 3255

Marcando o lançamento da 44ª edição da Revista Estudos, a ABMES realizou um webinar nesta quinta-feira (28/05) para debater o tema da publicação “Currículos inovadores: oportunidade para as IES diante da revolução pós-digital” e falar sobre a necessária ruptura das estruturas curriculares sustentadas em bases tradicionais.

O evento, que contou com mais de 450 dispositivos conectados, foi mediado pelo diretor presidente da ABMES, Celso Niskier, e contou com a participação dos autores da revista: Francislene Hasmann, diretora Adjunta de Regulação e Qualidade do Grupo Ser Educacional; Gilberto Garcia, reitor da Universidade São Francisco (USF); Iara de Xavier, diretora executiva da Edux Consultoria; Maximiliano Damas, pró-reitor acadêmico do Centro Universitário UniCarioca; Patrícia Vilas Boas, diretora técnica da Edux Consultoria; Paulo Chanan, diretor de Regulação e Procurador Institucional do Grupo Ser Educacional e Sólon Caldas, diretor executivo da ABMES.

A 44ª edição da Revista Estudos conta com quatro capítulos e foi totalmente adaptada para o digital. A publicação traz facilidades e inovações que facilitam a leitura e possibilitam maior interação com o material.  

Autonomia para o setor
Durante o webinar de lançamento, os autores falaram a respeito dos principais desafios e oportunidades gerados a partir da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. De forma unânime, os especialistas apontaram para a necessidade de desburocratização do arcabouço legal que regulamenta o setor educacional no país.

“Uma maior autonomia das instituições de ensino superior (IES) com certeza elevaria mais rapidamente a qualidade da educação superior brasileira. Certamente a simplificação da regulação derrubaria inúmeras barreias aos currículos inovadores”, defendeu o Gilberto Garcia, que foi um dos autores do primeiro capítulo da revista, que traz reflexões sobre as complexidades da educação superior na contemporaneidade.

Tecnologias na educação
A importância do uso da tecnologia como aliada para o desenvolvimento da educação superior foi destacada por Patrícia Vilas Boas. “É necessário que a educação superior supere o abismo entre o que é ofertado e aquilo que é esperado. Todos devem estar dispostos a mudar, se abrir para o novo, com mudanças efetivas e significativas para dar grandes contribuições ao ensino superior do século XXI. É o momento de abraçar as tecnologias, aproveitar todas as suas possibilidades”, afirmou.

O tema também foi abordado por Celso Niskier, que lembrou que sem o auxílio das novas tecnologias, jamais teria sido possível dar continuidade às atividades letivas durante a pandemia. “As aulas remotas neste momento delicado já demonstram a importância das tecnologias na nossa vida. Neste sentido, também estamos trabalhando para a transformação digital da ABMES, para a ofertar cada vez mais serviços no mundo digital, ou no mundo pós digital, como se diz na publicação”, explicou.

Autor do capítulo quatro da revista, Sólon Caldas chamou a atenção para o forte crescimento da educação a distância no Brasil. “Temos estudos que mostram que em 2023 as matrículas em EAD devem ultrapassar as presenciais. Isso vem se concretizando nos últimos três anos, onde estamos registrando uma queda no número de matrículas nos cursos presenciais, com aumento exponencial dos cursos a distância”. Explicou Sólon.

Dados do último Censo da Educação Superior revelam que houve uma queda de 2,6% do número de matrículas presenciais em 2016. Em 2017, a redução foi de 0,79%, enquanto que em 2018 a redução foi de 2,1%.  Pegando este gancho, Caldas falou ainda sobre a preocupação com a evasão escolar, que, segundo ele, tem relação direta com a redução drástica dos programas de financiamento da educação superior no país.

Desafios
Também autora da revista, Iara de Xavier, falou sobre os desafios para a implementação de currículos inovadores no ensino superior brasileiro. “Vivemos no contexto volátil, complexo e ambíguo, essas características se intensificaram ainda mais no século XXI. Temos uma educação superior brasileira, majoritariamente conservadora, que ainda trabalha com os currículos conservadores que vieram do século XX.  O Aluno não se encontra neste currículo, ele chega motivado, querendo vivenciar o novo e encontra a mesmice, não aquele ensino que articula saber e fazer, mas sim o ensino da reprodução, sem o espírito que ele tinha de expectativa. Isso precisa mudar”, afirmou.

Sobre a revista
Criada em 1982, a Revista Estudos, de conteúdo temático, tem como objetivo reunir trabalhos sobre grandes temas educacionais, elaborados por profissionais reconhecidos nacionalmente, como subsídio ao aprofundamento de debates e de reflexões das instituições de ensino superior.

A edição de nº 44, que aborda os Currículos inovadores: oportunidade para as IES diante da revolução pós-digital, já está disponível no site da ABMES para leitura online ou download – clique aqui.


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