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Internacionalização na educação superior: estratégias e desafios no CBESP 2024

07/06/2024 | Por: ABMES | 1669

No segundo dia do XVI Congresso Brasileiro de Educação Superior Particular (CBESP), o painel I abordou um tema essencial para a evolução acadêmica: a "Internacionalização no Contexto da Educação Superior". Coordenado por Lúcia Teixeira, presidente do SEMESP, e Paulo Cardim, representante da CONFENEN, o painel discutiu estratégias, impactos e desafios das políticas de internacionalização em um mundo cada vez mais interconectado.

A ementa do painel destacou a importância de políticas que fomentem projetos locais e globais para a produção de conhecimento, além de parcerias e programas de mobilidade estudantil e docente. Essas iniciativas visam promover a formação de cidadãos globais, comprometidos com a excelência acadêmica e o intercâmbio de conhecimentos.

Panorama da Internacionalização

De acordo com Rui Vicente Oppermann, diretor de Relações Internacionais da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), há um aumento na qualidade dos programas de qualificação no Brasil. Ele apresentou dados reveladores sobre a maturidade do ensino superior no Brasil, com uma curva ascendente de 82.360 graduados. Cursos com notas 6 e 7, de qualidade internacional, somam 271 no nível de doutorado, equiparando-se aos melhores programas de pós-graduação do mundo. "Embora todos almejam o conceito 6 e 7, a CAPES está focada nos programas 4 e 5 devido à sua capilaridade e necessidade de estímulo, inclusive com bolsas de internacionalização. A internacionalização é essencial para melhorar a qualidade dos programas de pós-graduação", afirmou Oppermann.

O presidente da Associação Portuguesa do Ensino Superior Privado (APESP), António Manuel de Almeida-Dias, relatou as ações da entidade, que representa 37 mantenedoras de ensino superior universitário e técnico em Portugal, país em que a educação superior é prioritariamente pública. Enfrentando desafios demográficos, Portugal capta alunos para cursar o ensino superior, com a APESP apoiando a mobilidade internacional de estudantes e a criação de parcerias entre instituições nacionais e estrangeiras.

A universalidade do conhecimento foi defendida por Luciane Stallivieri, professora e pesquisadora do Instituto de Estudos e Pesquisas em Administração Universitária da Universidade Federal de Santa Catarina (INPEAU/UFSC). Segundo ela, uma afirmação que ouviu no México e que incorporou em seus discursos pela veracidade é que "uma universidade que não está internacionalizada não pode ser chamada de universidade". Stallivieri destacou que todos os programas de pós-graduação devem considerar as possibilidades de parceria e colaboração internacional, observando os rankings e avaliações acadêmicas. Dados da UNESCO mostram um aumento significativo no número de estudantes em mobilidade internacional, de 2 milhões em 2000 para 5,3 milhões em 2019, com expectativa de alcançar 8 milhões em 2025.

Kelly Tavares, chefe de Educação para a América Latina e o Caribe do Governo Britânico, sublinhou a liderança global das universidades britânicas e suas parcerias internacionais. Com mais de 679 mil estudantes internacionais no ano acadêmico de 2021/2022, o foco está em quatro pilares: educação transnacional, pesquisa e inovação, política linguística e mobilidade acadêmica. "Temos um time de educação do governo britânico no Brasil para ajudar no planejamento da internacionalização das IES. É importante pensar na estrutura do projeto e no mapeamento da universidade", destacou Tavares.

Homenagem

O debate foi finalizado com uma homenagem a Lúcia Teixeira pelos 45 anos de fundação do SEMESP. Celso Niskier, secretário executivo do Brasil Educação, entregou uma placa comemorativa, reconhecendo a dedicação e a contribuição do SEMESP para a educação superior no Brasil. "Em nome do Brasil Educação, registramos este momento único. Parabéns a todos os diretores do SEMESP pela atuação", afirmou Niskier.

 


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