Por Ronaldo Mota*
ESG está presente hoje nas melhores empresas e tende a ampliar, progressivamente, sua relevância no futuro próximo. A título de exemplo, a busca pelo tema cresceu algo da ordem de 250%, anualizado até fevereiro deste ano, segundo dados Google Trends. Cabe também destacar que o Brasil é identificado como sendo o país latino-americano que mais tem acessado o assunto, estando entre as 25 nações onde o tema é mais procurado.
As respostas a esse enorme desafio implicam em mudanças de comportamentos, prioridades e, em última instância, da própria cultura empresarial, envolvendo os profissionais e os demais participantes, abrangendo todo o ciclo da empresa. Trata-se tanto da formação continuada dos que já atuam na corporação, bem como daqueles que serão absorvidos, garantido a aprendizagem de novos ou revalorizados conceitos e de estratégias inéditas. Ou seja, educar para ESG é, definitivamente, a coluna vertebral de qualquer plano bem-sucedido no cumprimento dessa missão.
Para tanto, é indispensável que demonstrem capacidade analítica para resolver problemas, sempre ancorados no uso do método científico e na familiaridade com pensamentos críticos, desenvolvendo raciocínios abstratos sofisticados. Além disso, uma abordagem educacional que incorpora ESG como elemento relevante valoriza a efetiva habilidade de comunicação, propiciando saber lidar com pessoas, incluindo promover mediações com flexibilidade e competência em todos os contextos, fazendo uso de desenvolvida inteligência emocional que inclui empatia, autocontrole e capacidade de gestão emocional, individual e coletiva.
Enfim, não temos receitas prontas e acabadas, mas sabemos que educação é, certamente, uma das molas propulsoras capazes de levar a cabo a tarefa de desenvolvermos um novo caldo cultural empresarial, onde os temas de sustentabilidade, lato sensu, sejam, em breve, naturalmente internalizados em todos as etapas dos processos do mundo corporativo.
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*Ronaldo Mota é Diretor acadêmico do ITuring