Há exatamente um ano a ABMES lançou seu programa de internacionalização com o objetivo de mudar as fronteiras para um novo nível de modo que as vozes da Associação e das instituições particulares de educação superior do Brasil sejam firmemente pronunciadas internacionalmente.
Para isso, a ABMES convidou uma consultora internacional, a Profa. Dra. Lioudmila Batourina, para começar o trabalho do zero, mas com a visão clara de para onde ir. Muito tem sido feito desde então, incluindo artigos em mídia internacional e local, a página do projeto ABMES Internacional no site da Associação e o acompanhamento próximo de notícias internacionais, eventos e tendências. É muito simbólico que, em um ano, com forte apoio de toda a equipe, da diretoria e da presidência, a ABMES tenha estabelecido um novo marco histórico - seu primeiro passo, mas firme, na cena internacional.
Foram quase seis meses para preparar este momento: contatos com embaixadas, governo russo, Capes, Embratur, BRICS, ANVUZ, cada uma das universidades visitadas, jornalistas e emissoras internacionais de televisão. Esta não foi uma tarefa simples, pois, ao contrário de "uma visita", uma "delegação internacional" visa estabelecer cooperação. E isso é o que a ABMES quer sustentar na sua jornada.
Trajetória e resultados da 1ª Delegação ABMES Internacional
A Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) e a Associação das Universidades da Rússia (ANVUZ) agora estão unidas e trabalham em uma só direção: incentivar que as parcerias de internacionalização entre as instituições do Brasil e da Rússia possam se desenvolver e trazer frutos para os alunos, além de estimular o desenvolvimento dos países. Foram assinados dois acordos bilaterais e estabelecido prazo para o fechamento de um terceiro, no Brasil, em outubro. Este foi o saldo da agenda de 10 dias da 1ª Delegação ABMES Internacional - Russia Experience, que contou com 36 integrantes e era formada por mantenedores, reitores e diretores de faculdades, centros universitários e universidade, além do deputado federal Caio Narcio (PSDB/MG), presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, que deu um tom oficial à delegação.
O grupo de brasileiros desembarcou em Moscou na noite do dia 2 de setembro, vindo de São Paulo, com escala em Frankfurt, na Alemanha. Nem mesmo o cansaço impediu que, na chegada ao Moscow Marriott Royal Aurora Hotel, um jantar de confraternização permitisse os primeiros contatos entre os participantes. Em uma dinâmica rápida, cada um pôde se apresentar e falar sua origem, qual instituição estava representando e seus objetivos com a viagem. O diretor presidente da ABMES e chefe da delegação, Janguiê Diniz, proferiu palavras de boas-vindas e agradeceu a iniciativa de aceitarem seu convite para uma viagem longa, mas desafiadora. "A diretoria não quis propor um país que grande parte dos associados já conhecesse. Optou pelo novo, justamente para buscar novas experiências. Assim surgiu a ideia de desbravar a Rússia", afirmou durante o brinde.
O domingo, dia 3 de setembro, foi de sol e temperatura amena. Um convite para que a delegação pudesse sair às ruas de Moscou vestida com a camisa da seleção brasileira de futebol que levava a numeração em homenagem aos 35 anos da ABMES. A manhã foi dedicada a conhecer o Kremlin, onde o grupo fez questão de posar para fotos diante do canhão criado pelo Czar Teodoro I, com 89 centímetros de diâmetro, para demonstrar a força do exército russo, apesar de nunca ter sido utilizado. Também visitaram as joias dos czares e das imperatrizes, incluindo a coleção exclusiva de ovos Febergé, famosos em todo o mundo. Em seguida, na Praça Vermelha, todos se encantaram com o símbolo maior do país: a Catedral de São Basílio.
O passeio teve sequência com um city tour e um passeio pelas mais importantes estações de metrô de Moscou, criado em 1935. As estações foram construídas a 70 metros de profundidade, para permitir o deslocamento da população durante um ataque nuclear, e são todas em mármore. Conforme a parada, há uma diferente surpresa: vitrais, mosaicos, estátuas de Lênin e símbolos da antiga União Soviética. Por dia, nove dos 12 milhões de cidadãos moscovitas se deslocam pela cidade utilizando o metrô. Há um trem a cada 90 segundos nas horas de pico. Ao final, a delegação encerrou o dia assistindo ao espetáculo do tradicional Circo de Moscou.
Abertura da agenda oficial - Na segunda-feira, dia 4 de setembro, teve início a agenda oficial da ABMES na Rússia. Todos foram recebidos na Moscow International University (MUM) por 32 reitores e vice-reitores de universidades de Moscou e outras regiões do país, que foram especialmente à capital para encontrar a delegação brasileira. O primeiro a falar foi o embaixador do Brasil na Rússia, Antonio Salgado, que exaltou a importância da troca de experiências "entre países que têm muito a aprender um com o outro". O diretor presidente da ABMES, Janguiê Diniz, e o deputado Caio Narcio (PSDB/MG) saudaram a hospitalidade dos anfitriões e apresentaram os números da educação superior no Brasil. O presidente da ANVUZ, Vladmir Zernov, falou da satisfação de ter a missão brasileira em Moscou e abriu oficialmente os trabalhos.
Em seguida, reitores de universidades russas apresentaram suas instituições, localizadas em diferentes regiões do país, como a própria Moscou, Yaroslavl, Kazan e Krasnodar. Pelo lado brasileiro, foram demonstradas as formas de atuação das instituições, com foco no uso da tecnologia e os desafios para os próximos anos, como o cumprimento do Plano Nacional de Educação. Para o vice-presidente da ABMES Celso Niskier, o primeiro dia da delegação na Rússia foi marcado por uma intensa troca de experiências entre as universidades particulares russas e brasileiras. "Foram discutidos assuntos tais como a regulação nos dois países, o uso de novas tecnologias educacionais, a formação de professores, as fontes de financiamento e a possibilidade de parcerias entre instituições", avaliou. Foram expressas várias propostas de cooperação entre ANVUZ e ABMES, cujas iniciativas podem começar imediatamente.
Em programação paralela, Janguiê Diniz, o deputado federal Caio Narcio e a diretoria da ANVUZ foram convidados a conhecer o Parlamento da Federação Russa e ter uma reunião com o chefe da Comissão de Educação Vyachslav Niconov. Na volta, a agenda do dia foi encerrada na Embaixada do Brasil na Rússia. Os representantes diplomáticos, liderados pelo embaixador Antonio Salgado, ofereceram um coquetel de boas-vindas para os integrantes da comitiva da ABMES e da ANVUZ.
"A receptividade demonstrada pelos russos demonstra claramente o ambiente propício para novos negócios e parcerias, principalmente no âmbito dos BRICS, onde todos estão buscando o desenvolvimento. Uma agenda bem estruturada, como esta da ABMES, deve ser apoiada pelo governo brasileiro, pois pode gerar impacto não só na educação, mas também na área científica e até econômica", afirmou o deputado Caio Narcio, em sua avaliação sobre o encontro com os russos.
Primeiro convênio - As atividades do dia 5 de setembro, terça-feira, começaram com foco em um dos destaques da vida acadêmica na Rússia: a tecnologia. A delegação visitou a Skoltech, universidade que procura atender as necessidades do mercado de trabalho, com ênfase para a indústria. O presidente da instituição, Alexander Kuleshov, fez uma palestra apresentando as possibilidades de parceria, principalmente de intercâmbio de alunos.
Os brasileiros também estiveram na Russian New University (RosNOU), onde foram recebidos pelo reitor e presidente da Associação de Ensino Superior da Rússia (ANVUZ), Vladimir Zernov, e sua equipe para discutir novos formatos de preparar rankings universitários. A promessa de continuar a debater o tema e expandir as relações entre a RosNOU e a ABMES.
O Inep da Rússia - O ponto alto do dia e de toda a agenda oficial aconteceu no fim da tarde, durante a visita à Diretoria Nacional de Controle de Qualidade da Educação e Ciência da Rússia, o equivalente no Brasil ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Em palestra proferida pelo diretor nacional do órgão, Sergei Kravtsov, e depois em debate com o presidente Janguiê Diniz, foi possível conhecer os desafios para se oferecer e exigir qualidade na educação em países continentais. Ao final, uma surpresa: Brasil e Rússia têm mais em comum que imaginavam. Os dados da educação russa, se comparados com os números brasileiros e somados às informações divulgadas pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) para ambos, permitiu a Kravtsov afirmar que o quadro é desafiador na mesma medida.
No entanto, ao questionar apenas sobre a educação superior, Janguiê pode constatar que o Brasil ainda precisa encarar um problema grave: enquanto temos apenas 17% de taxa líquida de matrículas de alunos entre 18 e 24 anos, os russos conseguem atingir entre 35 e 40%. "A Rússia já apresenta os índices que estabelecemos como meta no Plano Nacional de Educação (PNE). Viemos buscar os caminhos que eles traçaram para atingi-los, dentro das mesmas condições que temos. Até cerca de três anos, a Rússia também tinha 2,5 mil instituições de educação superior", afirmou.
A programação do dia foi encerrada com a assinatura de um acordo internacional entre a ABMES e ANVUZ, visando o intercâmbio de informações e dados estatísticos sobre a educação superior particular entre Brasil e Rússia. Niskier destacou o alto nível dos encontros. "Conhecemos a experiência única da Skoltech, o 'Vale do Silício' russo, onde visitamos laboratórios importantes e vimos pesquisas de ponta. Depois fomos a uma das universidades particulares líderes da Rússia e encerramos o dia no que seria o Inep deles, onde pudemos conhecer as formas de avaliação da educação superior russa".
A programação do dia 6 de setembro, quarta-feira, último da delegação em Moscou, previa uma visita à Universidade Russa da Amizade Entre os Povos (RUDN), conhecida mundialmente por seu vasto programa de internacionalização, para a realização de programas acadêmicos conjuntos. No encontro, os reitores puderam conversar e conhecer de perto a experiência de alunos que estão estudando na instituição. O diretor presidente Janguiê Diniz precisou cumprir nova agenda paralela, pois foi convidado para conceder entrevista à emissora OTR, do governo russo, para programa que vai ao ar dia 28 de setembro, em rede nacional. Ele foi acompanhado do presidente da ANVUZ, Vladimir Zernov.
Russos no Brasil em outubro - Após o tour pela RUDN, a diretoria da ABMES e os demais membros da delegação foram convidados para uma reunião com a vice-reitora de Relações Internacionais, Efremova Larisa Ivanovna. Ela informou que o reitor da instituição russa, Vladimir Filippov, visitará o Brasil em outubro e propôs formalizar um acordo internacional que viabilize a dupla diplomação em mestrados feitos na Universidade Russa da Amizade Entre os Povos e em instituições associadas à ABMES.
Em resposta, Celso Niskier agradeceu a confiança nas universidades particulares brasileiras e pediu que a diretoria da Associação começasse as tratativas legais junto ao Ministério da Educação para viabilizar a dupla titulação em mestrados. "É uma satisfação muito grande estreitar relações com uma instituição pública do porte da RUDN, com mais de 30.000 alunos e dedicada à internacionalização da educação. Vamos fazer de tudo para, nestes dois próximos meses, transformar a visita do reitor Filippov ao Brasil em um grande marco para celebrar a troca efetiva de experiências entre nossos países", explicou.
Antes de seguir de trem para São Petersburgo e continuar sua agenda de visitas às instituições de ensino superior da Rússia, a delegação visitou a Biblioteca Estatal Russa, que no período de existência da União Soviética ficou mundialmente conhecida como Biblioteca Lênin e até hoje ainda é chamada assim por muitos moscovitas. Seu impressionante acervo e tamanho não deixam dúvida: é uma das maiores do mundo, ocupando atualmente a segunda colocação.
Nova pausa para o turismo foi estabelecida na manhã do dia 7 de setembro, quinta-feira. Afinal, esta sempre foi a proposta da viagem: intercalar cultura e conhecimento com as visitas técnicas. O primeiro compromisso em São Petersburgo foi visitar a famosa Fortaleza de São Pedro e São Paulo, construída no início do século 18 a mando do czar Pedro, o Grande. Em seu interior foi erguida a Catedral de São Pedro e São Paulo, onde estão enterrados todos os membros da família real russa, desde o fundador da cidade.
Apresentação - A primeira instituição a ser visitada na segunda maior cidade da Rússia foi a Saint Petersburg University of Management Technologies and Economics (UMTE). O diretor presidente da ABMES, Janguiê Diniz, e o reitor Oleg Smeshko - ao lado do deputado federal Caio Narcio - lideraram os debates, que envolveram a apresentação de três professores russos, especializados em EAD e internacionalização, e outros três reitores brasileiros. A primeira a falar foi a mantenedora da Faculdade de Olinda (Focca), Antonieta Chiapetta, que apresentou sua instituição e a preocupação com os critérios de qualidade em todos os cursos. "Quero mostrar que a educação brasileira deve e merece ser conhecida pelos reitores russos. Nosso objetivo é abrir perspectivas e possibilidades, como educadores, para que os alunos possam ter contato com instituições de outros países. Esta foi apenas a primeira de uma série de iniciativas que estamos planejando com esta finalidade", concluiu.
A também vice-presidente da ABMES e reitora da UNA, Débora Guerra, explicou que "é possível estabelecer intercâmbio de professores e alunos, além da troca de experiências em pesquisas e estudos para desenvolvimento do conhecimento". Ela destacou que os convênios estabelecidos entre a ABMES e as instituições de ensino superior russas "facilitam esta aproximação e viabilizam que cada unidade, independente de sua localização no Brasil, possa fechar um acordo bilateral".
A participação brasileira foi fechada pelo reitor da Unichristus de Fortaleza, José Rocha, que apresentou os cursos de pós-graduação e mestrado que podem vir a fazer parte de parceria com as instituições da Rússia. "Temos um setor específico para estabelecer os convênios internacionais, que já estão vigentes com alemães e espanhóis, por exemplo. Nosso coordenador está apto a trocar informações nas línguas inglesa, alemã, espanhola e francesa. Após esta visita, certamente vamos pedir que amplie e acrescente a russa".
Segundo convênio e condecoração - Após assinar em Moscou acordo que visa a cooperação e intenção de ampliar o processo de internacionalização entre as instituições de educação superior do Brasil e Rússia, a ABMES também estabeleceu compromisso de estreitar relações com a UMTE. O acordo prevê a criação de um convênio guarda-chuva, no mesmo molde do assinado na capital. "Os russos compreenderam bem as semelhanças e diferenças nos processos de formação educacional dos dois países e querem nos ajudar nos aspectos que estão mais adiantados. Por outro lado, ficaram impressionados e pediram para conhecer melhor as ferramentas de gestão das instituições particulares brasileiras", constatou o vice-presidente da ABMES Celso Niskier. Como em todas as visitas, a internacionalização e o intercâmbio de alunos entre os dois países - com o objetivo de viabilizar uma dupla diplomação - foram os temas mais discutidos.
Como forma de elogiar a iniciativa de liderar uma delegação de instituições brasileiras até a Rússia e em demonstração de confiança na continuidade da evolução das tratativas entre a ABMES e a UMTE, o reitor Oleg Smeshko entregou a Janguiê Diniz a condecoração da Ordem ao Mérito em 2º Grau. O gesto demonstrou o interesse da instituição russa em avançar no protocolo de intenções assinado na ocasião. "Foi uma gentileza por parte do reitor e esta confiança será retribuída com muito trabalho e a oferta de propostas à altura dos debates promovidos durante nossa visita", afirmou Janguiê, após a homenagem.
À noite, a agenda cultural foi retomada com a visita ao Aurora Ballet Hall para assistir ao tradicional Lago dos Cisnes, de Tchaikovsky. Uma experiência inesquecível, enriquecida com a trilha sonora tocada ao vivo pela Orquestra Sinfônica do Governo do Estado.
Compromisso final – O último compromisso oficial da 1ª Delegação ABMES Internacional - Russia Experience ocorreu no dia 8 de setembro, sexta-feira, em São Petersburgo, na Higher School of Economics (HSE). O diretor do campus, Sergey Kadochnikov, e coordenadores de diversos cursos receberam a diretoria da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) para um debate sobre a importância da educação para o desenvolvimento do bloco BRICS.
Pelo lado do Brasil, liderados por Janguiê Diniz, participaram da mesa de trabalhos o deputado Caio Narcio; os vice-presidentes Celso Niskier e Débora Guerra; o diretor Paulo Lima; o diretor-executivo Sólon Caldas; a consultora internacional Lioudmila Batourina; e o presidente do Grupo Ser Educacional, Jânyo Diniz. Durante cerca de duas horas, trataram sobre os números e perspectivas de atuação dos dois países na educação superior e depois uma rodada de negociações para tentar ajustar um acordo, semelhante ao estabelecido com outras instituições russas ao longo da viagem.
A proposta dos brasileiros envolvia um protocolo de intenções que deveria ser cumprido, tanto pela ABMES e quanto pela Higher School of Economics, para que suas associadas pudessem estabelecer convênios de intercâmbio e dupla diplomação diretamente com os russos, conforme a viabilidade. Seria um estímulo para os primeiros passos rumo à internacionalização de algumas instituições do Brasil e de expansão de outras, que já enxergaram o nicho como uma excelente oportunidade para seus alunos expandirem horizontes, aprenderem uma nova língua e conhecerem outras culturas. Sem falar no benefício final de ter um diploma reconhecido pelo MEC e em outros países.
"Fomos muito bem recebidos e pudemos conhecer o moderno campus da HSE em São Petersburgo. Alguns esclarecimentos sobre os detalhes do formato do convênio impediram que as negociações fossem concluídas ainda na Rússia. Temos o maior interesse em voltar a discutir alternativas e selar mais este acordo, ampliando as opções de parceria internacional das associadas da ABMES", explicou Janguiê.
O vice-presidente Celso Niskier fez um balanço final das visitas técnicas às instituições de educação superior da Rússia, exaltando os resultados obtidos na primeira missão internacional da ABMES. "Fechamos com chave de ouro uma visita histórica às universidades russas, com muitas parcerias em andamento e boas perspectivas de fechamento de convênios com as IES brasileiras. Agora é preparar a delegação de 2018, que estará em Israel, de 5 a 15 de outubro", completou.
À noite, os brasileiros puderam conhecer parte da vasta cultura russa ao assistir o espetáculo “Feel Yourself Russian”, apresentado no teatro Nikolaevsky Palace. Bailarinos formados pela tradicional escola Kirov, de São Petersburgo, demonstraram danças típicas das diversas regiões da Rússia. O show também teve a participação de cantores líricos e músicos tradicionais.
Peterhof e Hermitage - O sábado, dia 9 de setembro, foi dedicado às visitas ao Peterhof, o palácio de verão construído pelo czar Pedro, o Grande; e ao Hermitage, o palácio de inverno, que se tornou conhecido como o museu de maior acervo do mundo. O primeiro, às margens do Mar Báltico, impressiona pela opulência e extensão. O segundo, no centro de São Petersburgo, encanta pela qualidade das esculturas, pinturas, bordados e relíquias históricas. Algumas assinadas por alguns nomes consagrados, como Leonardo da Vinci, Degas, Michelângelo, Picasso, Van Gogh e Rembrandt.
"Ter vivido esta experiência na Rússia foi extremamente importante. Quando viajamos para conhecer instituições, culturas e formas de avaliação diferentes, podemos parar, repensar e ver como estamos atuando. E não aprendemos apenas com os russos, mas também com os colegas que compartilharam a experiência. Só temos a agradecer, enaltecer e esperar que a ABMES continue com atividades assim", disse o professor Stefano Gazzola, presidente do Grupo Educacional Unis.
Para encerrar a programação foi agendado um jantar no terraço do hotel Kempinski, onde o diretor presidente Janguiê Diniz entregou o certificado de participação na 1ª Delegação Internacional da ABMES e fez questão de agradecer a cada um a presença. "A jornada foi ousada, pois a Rússia - para a maioria das pessoas - era desconhecida, distante e inalcançável. Mas chegamos aqui e conquistamos nosso objetivo, estabelecendo convênios de cooperação científica e educacional com as instituições russas e a ANVUZ. Agora é preparar, com a mesma dedicação e afinco, a delegação para Israel, em 2018", complementou no discurso de despedida. A alegria e a confraternização entre os integrantes do grupo, mesmo após um dia inteiro de compromissos, demonstrou o sucesso da iniciativa.
A organização de iniciativas como a 1ª Delegação ABMES Internacional é fruto do trabalho em equipe. Os resultados aqui apresentados só foram possíveis devido à visão estratégica e liderança de Janguiê Diniz e Celso Niskier, com o apoio da presidência da ABMES, ao empenho da consultora de parcerias internacionais, Lioudmila Batourina, ao entusiasmo de toda a equipe da Associação, à dedicação e execução profissional de Sólon Caldas e Lydiane Lima e, claro, à qualidade do serviço logístico da Intercâmbio Global.
São muitos os desafios, os planos e as idéias, além de uma visão clara de para onde caminhar. Que a ABMES siga a sua jornada.