Baseada em sua missão de contribuir para o desenvolvimento global das instituições associadas e defender a livre iniciativa, a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) apresentou a seus associados e à comunidade em geral uma pesquisa com dados relevantes sobre financiamento estudantil e educação superior. O levantamento mapeia com muita proximidade a opinião da população com idades entre 18 e 30 anos sobre os programas sociais do governo federal que viabilizam, para muitos estudantes, o ingresso no ensino superior. Ao todo, foram realizadas 1.000 entrevistas pelo Instituto MDA em nove capitais brasileiras.
Os principais resultados do estudo foram tema do artigo “As visões de mundo dos jovens sobre educação”, do pesquisador e professor Adriano Oliveira, doutor em ciência política. O material é de suma importância para gestores públicos e pesquisadores da área de políticas públicas, pois além de identificar o juízo que os jovens fazem sobre diversos aspectos do ensino superior e da educação de um modo geral, contribui para mostrar aos gestores públicos a importância do diploma de nível superior e dos programas educacionais para os jovens.
Apesar de ainda existirem desconfianças por parte dos entrevistados quanto à eficiência da ação estatal na promoção da educação pública, os jovens deixam claro sua opinião sobre a importância do Estado na promoção da educação superior. Para os 81% dos entrevistados que afirmaram desejar realizar um curso superior nos próximos três anos, 96,4% responderam que o governo federal deve implementar ações que permitam que os brasileiros, independente da renda, obtenham o diploma de nível superior. No referido universo, 94,5% defendem que o governo federal conceda bolsas ou financiamento estudantil para todos aqueles que optaram por entrar numa instituição privada ou pública de ensino superior e não tenham renda suficiente para pagar mensalidades.
Segundo Adriano Oliveira, os jovens são estadistas e querem a ação do governo na promoção e ampliação do ensino superior, independente de a instituição de ensino ser pública ou privada. “Essas ações defendidas pelos jovens vêm basicamente da incapacidade de pagamento das mensalidades de instituições de ensino superior privadas e da valorização do ente estatal como promotor da educação”, interpretou o professor.