Detalhe

Após suspender novos cursos de medicina, MEC nega ação em outras graduações

23/11/2017 | Por: UOL | 3098
Aloisio Mauricio/Fotoarena/Folhapress

Após anunciar a suspensão da abertura de novos cursos de medicina no Brasil por cinco anos, o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), afirmou nesta quintafeira (23) que o governo não pretende tomar a mesma atitude com outros cursos superiores.

"Não há risco de que outros cursos sofram ou tenham que se submeter a medida semelhante", disse Mendonça Filho. 

Nesta quinta, o ministro também afirmou que o MEC ainda vai anunciar novas medidas acerca dos cursos de medicina no país "em breve", mas não forneceu mais detalhes.

A suspensão de novos cursos de medicina só será válida a partir da publicação de decreto sobre o assunto, previsto para dezembro. O Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp), representante de universidades privadas, se posicionou contra a medida e afirmou temer um "efeito cascata". Segundo o sindicato, outras corporações profissionais podem vir a defender a suspensão de demais cursos.

Nova política pedagógica 

As declarações de Mendonça Filho foram dadas em evento realizado nesta quinta no Palácio do Planalto, no qual o governo lançou a Política de Inovação Educação Conectada. Entre os objetivos da iniciativa estão acelerar o uso pedagógico de tecnologia nas escolas e avançar no acesso à internet de alta velocidade em todas as escolas públicas do país, urbanas e rurais, até 2024.

A maioria das instituições no Brasil já conta com acesso à internet, mas voltada à área administrativa e sem capacidade para que a ferramenta seja utilizada no dia a dia escolar.

Uma das ações da política é a implementação da Plataforma de Recursos Digitais Especiais, espécie de banco de dados e rede social voltado à educação. O portal já está disponível e conta com conteúdos digitais de diferentes assuntos lecionados que poderão ser usados pelos professores nas salas de aula. Outra ação prevista é um plano de formação continuada para professores e gestores.

Na primeira fase do programa, até o final de 2018, quando termina o mandato de Temer, o governo tem como meta atingir 22,4 mil escolas e 12,8 milhões de alunos. Serão investidos R$ 271 milhões no período.


Conteúdo Relacionado

Legislação

EDITAL SERES Nº 1, DE 29 DE MARÇO DE 2018

Chamamento público de mantenedoras de Instituições de Educação Superior - IES do Sistema Federal de Ensino, para seleção de propostas para autorização de funcionamento de curso de Medicina por IES privadas em municípios selecionados no âmbito do Edital nº 2, de 7 de dezembro de 2017.


PORTARIA SERES Nº 152, DE 08 DE MARÇO DE 2018

Fica divulgada a relação de municípios selecionados no âmbito do Edital nº 2, de 7 de dezembro de 2017, de chamamento público para implantação e funcionamento de curso de graduação em Medicina por instituição de educação superior privada. 


PORTARIA NORMATIVA Nº 18, DE 07 DE DEZEMBRO DE 2017

Estabelece os procedimentos de pré-seleção e adesão de municípios para autorização de funcionamento de curso de graduação em medicina por instituição de educação superior privada, precedida de Chamamento Público.


EDITAL SERES Nº 2, DE 07 DE DEZEMBRO DE 2017

Torna pública a realização de chamamento público de municípios para autorização de funcionamento de cursos de graduação em medicina, conforme estabelecido neste Edital.


Notícias

Bolsonaro desautoriza futuro ministro

Mandetta afirmou que os médicos formados no país poderão passar por um exame de qualificação, nos moldes do aplicado a advogados pela OAB, e citou como exemplo uma nova certificação cinco anos depois da formatura

Governo suspende criação de novos cursos de medicina. Quem perde: só as faculdades ou a sociedade?

Gazeta do Povo: para a ABMES, a portaria do MEC, como está, pode levar a uma defasagem de até duas décadas para que novas instituições se vejam habilitadas a colocar profissionais no mercado

Suspensão de criação de cursos de medicina tem sido alvo de críticas

A Tarde: Para a ABMES, a medida do MEC não possui justificativas plausíveis que respaldem a decisão, segue na contramão das necessidades brasileiras, além de possuir equívocos legais e ignorar aspectos relevantes da regulamentação da educação superior

Veto à abertura de novos cursos de medicina é oficializado pelo Ministério da Educação

Bom Dia Amazônia: Para a ABMES a medida trará prejuízos aos alunos, instituições e a própria sociedade, pois a necessidade de médicos é evidente

Veto à abertura de novos cursos de medicina por 5 anos é oficializado pelo Ministério da Educação

G1: Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) disse que a medida é um retrocesso

Grupos disputam as últimas 1,4 mil vagas de medicina

MEC deve assinar hoje (5/4) portaria que proíbe a abertura de novos cursos de medicina pelos próximos cinco anos. A medida deve acirrar a concorrência entre as instituições privadas de ensino em torno de um edital, já publicado, que cria 1,4 mil vagas de medicina no Norte, Nordeste e Centro-Oeste

Proibição de novos cursos de medicina trará enormes prejuízos à saúde e à educação superior no Brasil

Na contramão das metas do próprio governo em relação ao número de médicos no país, proibição de abertura de novos cursos de medicina não possui justificativas concretas e prejudica população

Estudantes de carreiras clássicas, com até 25 anos, predominam na graduação presencial

O estudo Educação superior em Minas Gerais: contexto e perspectivas, mostra que engenharia e TI são as áreas que mais absorvem alunos

Governo quer congelar formação de novos médicos por cinco anos

Além disso, profissionais formados no exterior encontram dificuldades para validar o diploma. Para atuar no Brasil, os médicos que se formam no exterior precisam fazer o Revalida, mesmo que sejam brasileiros. Na última edição do certame, em setembro do ano passado, 8 mil profissionais de saúde realizaram as provas. A maioria se graduou em países como Bolívia, Cuba e Estados Unidos

Artigo - Sistema educacional brasileiro: uma análise crítica

Diretor presidente da ABMES, Janguiê Diniz, fala sobre a sustentabilidade do sistema educacional brasileiro e a necessidade de se cobrar no ensino superior mensalidades nas IES federais

RUDN convida IES brasileiras para participarem do Erasmus+

Instituições que ofertam curso de Medicina devem manifestar interesse até 08 de fevereiro. O projeto terá três anos de duração

MEC confirma que vai proibir criação de cursos de Medicina por 5 anos

A proposta ainda está em elaboração e visa a sustentabilidade da política de formação médica no Brasil, preservando a qualidade do ensino, já que o Brasil é referência na formação médica

Ministério da Educação autoriza a instalação de 29 faculdades de medicina

A informação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 8 de dezembro e, agora, as localidades que poderão oferecer as escolas médicas terão de demonstrar aptidão para receber essa estrutura

Medicina: Divulgada a lista de municípios pré-selecionados a ofertar cursos

Ao todo, 29 municípios das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste foram contemplados e poderão criar o curso com turmas iniciais limitadas a 50 alunos por semestre

MEC quer proibir novos cursos de medicina. Mas o Brasil tem mais médicos do que precisa?

Órgão justifica decisão a partir da necessidade de diagnosticar e melhorar a qualidade dos cursos existentes; país ainda diploma menos profissionais do que europeus

Por que o governo pretende barrar novos cursos de medicina por 5 anos

Nexo: Para Sólon Caldas, da ABMES, o congelamento por mais cinco anos deve agravar a situação de falta de profissionais no interior do país

Projeto prevê que Conselho Federal avalie cursos de Medicina

É o que estabelece um projeto (PLS 312/2015), de autoria do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)

Após MEC anunciar suspensão de novos cursos de Medicina, CRF-SP quer barrar graduações de Farmácia

Entidade argumenta que no Brasil são abertas anualmente mais de 130 mil vagas de graduação em Farmácia, 'quantidade já considerada exagerada'

Apesar de veto a novos cursos por 5 anos, MEC mantém liberação de 1,5 mil vagas para medicina no país

G1: Em nota, a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) disse que a medida é um retrocesso

Proibição de novos cursos de Medicina é retrocesso, afirma ABMES

Suspender por mais cinco anos a liberação de novas graduações na área levaria a 10 anos de entraves para a formação de médicos no Brasil

Proposta suspende criação de cursos de medicina por cinco anos

Correio Braziliense: A ABMES declarou que considera a decisão um retrocesso, que compromete sobremaneira o desenvolvimento do país e o atendimento à população naquilo que é um direito humano fundamental, o direito à saúde

Associações criticam decisão sobre curso de medicina e cobram base técnica

UOL: O Fórum enviou ofício ao MEC, pedindo que "pondere a possibilidade" de não levar à frente a medida, diante da "necessidade de formação de profissionais na área"

Governo federal vai suspender a abertura de novos cursos de medicina, diz MEC

G1: Em nota, a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) disse que a medida é um retrocesso

Governo vai suspender por 5 anos criação de cursos de Medicina no País

Estadão: Não vejo sentido em impedir a abertura de novos cursos, sob a justificativa de que os que temos são ruins, disse Sólon Caldas, diretor executivo da ABMES