Detalhe

MEC quer proibir novos cursos de medicina. Mas o Brasil tem mais médicos do que precisa?

04/12/2017 | Por: G1 | 4808
Tânia Rêgo/Agência Brasil

 

Cinco anos após flexibilizar as regras para a abertura de novas escolas de medicina, o Ministério da Educação deu um giro de 180 graus em sua política e determinou o congelamento de todos os processos de abertura de novos cursos de medicina no país por um prazo de cinco anos. No período, o órgão afirma que empreenderá um "amplo estudo" sobre o ensino dos profissionais da área de saúde. De acordo com o MEC, a medida "visa a sustentabilidade da política de formação médica no Brasil, preservando a qualidade do ensino".

A proposta é uma guinada no que previa a lei nº 12.871 de 2013, conhecida como a lei Mais Médicos, que impulsionou a abertura de novas escolas para tentar diminuir a carência de médicos em determinadas regiões do Brasil. O Maranhão, por exemplo, tem pouco mais de um terço da densidade de médicos do resto do país.

O Brasil tem hoje 291 cursos de medicina - 30% deles abertos a partir de 2013, graças à nova legislação. Com os cursos recém-abertos, o Brasil saltou de um patamar de 17.267 novos médicos formados em 2012 para um potencial de formar 29.996 profissionais por ano - o que, para as entidades médicas, não é um crescimento sustentável.

"A medida do Ministério é muito bem-vinda. Somos os campeões mundiais em abertura de novas escolas em um prazo tão curto de tempo", afirma Mauro Luiz de Britto Ribeiro, presidente em exercício do Conselho Federal de Medicina (CFM).

De acordo com o MEC, a mudança sequer passaria pelo Congresso Nacional. A novidade passaria a valer por um mero decreto do presidente da República. O documento, contudo, ainda precisa ser elaborado e assinado pelo presidente Michel Temer (PMDB).

Brasil versus Europa
Apesar de vir aumentando o número de médicos recém-formados, o Brasil ainda diploma menos profissionais que países europeus - mas já passou nações como Estados Unidos e Canadá. De acordo com cálculos feitos a partir das projeções do estudo Densidade Médica no Brasil, o país terá em torno de 10,6 novos graduandos por 100 mil habitantes nesse ano.

Apesar de vir aumentando o número de médicos recém-formados, o Brasil ainda diploma menos profissionais que países europeus - mas já passou nações como Estados Unidos e Canadá. De acordo com cálculos feitos a partir das projeções do estudo Densidade Médica no Brasil, o país terá em torno de 10,6 novos graduandos por 100 mil habitantes nesse ano.

No bloco europeu, esse índice era de 12,4 novos médicos para cada 100 mil habitantes em 2015, de acordo com a Eurostat. Já nos EUA e no Canadá naquele ano, a taxa era de 6,5 e 7,3, respectivamente.

Pelas projeções de novos formandos no Brasil, o índice de novos diplomados deve crescer nos próximos anos e, em 2020, chegar a 15 médicos por 100 mil habitantes. Apesar do aumento, o número ainda ficará distante de países como a Dinamarca que, em 2015, tinha 23 graduandos por 100 mil habitantes, segundo a Eurostat.

Para o ex-ministro da saúde Arthur Chioro, que atuou no governo federal durante a implantação da lei Mais Médicos, o Brasil ainda está atrás de países desenvolvidos com sistemas gratuitos de saúde quanto à taxa de estudantes e médicos por grupos da população.

"Há uma discussão de que o Brasil tem muitas faculdades de medicina. Mas o número de vagas por 10 mil habitantes é consistente. Se comparar a nossa realidade com a dos países da OCDE, nossa situação é crítica", diz Chioro, que hoje atua como docente do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp, em São Paulo.

Na média, Brasil e OCDE estão próximos - o grupo tinha 10,2 novos médicos por 100 mil habitantes em 2015. Contudo, a taxa variava entre países da organização: enquanto a Áustria tinha um índice de 19,9 médicos diplomados por 100 mil habitantes, a França tinha 6. Nesse último, não há sistema universal de saúde.

Notas ruins
Apesar do crescimento das vagas de medicina, o ensino médico não avançou, afirmam profissionais ouvidos para a reportagem. Para alguns, a queda na qualidade está na expansão rápida da rede de universidades, sem a devida fiscalização. Para outros, a crise está na especialização precoce dos estudantes, que saem da faculdade sem uma formação generalista.

Resultados do último exame realizado pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) ilustram a crise atual. Em 2016, mais da metade (56,4%) dos médicos recém-graduados que prestaram a prova da instituição reprovaram. Entre os alunos de escolas privadas, a reprovação chegou a 66%.

De acordo com o relatório do Cremesp, participantes erraram questões básicas de medicina. Oito em cada dez que fizeram a prova não souberam interpretar um exame de radiografia e erraram a conduta terapêutica de paciente idoso. A prova não impede que alunos reprovados tirem o registro profissional.

"O curso médico tem passado por uma crise mesmo", afirma Cláudia Bacelar, professora do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Universidade Federal da Bahia (UFBA). "A nossa formação é hospital-cêntrica, estamos fazendo uma especialização precoce dos médicos. Quando eles passam por avaliações mais abertas, em que você espera o conhecimento mínimo para o exercício médico, os alunos vão muito mal", afirma.

Para o médico Luís Fernando Correa, membro do Fórum Saúde do Colégio Brasileiro de Executivos de Saúde (CBEXS), organização que reúne executivos do setor, a deficiência no ensino médico está diretamente ligada à abertura de cursos em universidades que nem sempre possuem hospital universitário e programas de residência médica para complementar a experiência acadêmica com a prática.

"Medicina não é só título de professor, é laboratório e hospital universitário de qualidade. Hoje, faculdades não possuem tomógrafo, uma máquina de ressonância", afirma. "Na cidade do Rio de Janeiro você não tem uma faculdade de medicina que você diz ser de excelência. As universidades públicas, que eram conhecidas pela sua qualidade, estão falidas", aponta.

Uma análise de 2015 do CFM sobre a estrutura das escolas em funcionamento no país naquele momento mostrou que, dos 194 municípios com uma graduação para formar médicos, 63% não tinham nenhum hospital universitário.

Embora a lei Mais Médicos condicionasse a abertura de novos cursos à implantação de programas de residência médica, eles estão paralisados. "As vagas de residência médica estão estagnadas, as que estão sendo abertas são do programa saúde da família. As vagas estão basicamente congeladas", diz Ribeiro, do CFM.

Ainda faltam médicos
Apesar do avanço do número de graduandos, o desabastecimento de médicos continua em regiões periféricas e em áreas inteiras do SUS, principalmente a atenção primária, afirma Mário César Scheffer, professor do departamento de medicina preventiva da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do estudo Demografia Médica no Brasil.

Para ele, é preciso repensar a captação do médico para o serviço público e evitar a evasão para os serviços privados. Dados do estudo coordenado por ele revelam que apenas 21,6% dos médicos atuantes no país estão exclusivamente no setor público. Na outra ponta, 26,9% estão exclusivamente no setor privado - que atende somente um quarto da população. A maioria (51.5%) transita entre os dois setores.

O paradoxo é que, enquanto forma mais médicos, o Brasil não conseguiu canalizá-los para os locais onde há carência de assistência médica.

"Faltam médicos em vários pontos do Brasil. A própria população sente essa falta, é um diagnóstico que levou à decisão de abrir mais escolas médicas. Mas o fato de existir mais médico por meio da abertura de escolas não significa que esses médicos irão para onde o sistema de saúde precisa mais desses profissionais", afirma Scheffer.

Dos médicos que estão no setor público, 26% estão na atenção primária, em programas de saúde da família, unidades básicas de saúde e prontos-socorros. Na secundária, onde estão os especialistas, como cardiologistas, endocrinologistas e oftalmologistas, há somente 5% dos médicos que atuam no setor público.

Para o pesquisador, o desinvestimento na saúde - cuja verba deve retrair 9% em 2018, segundo a organização Contas Abertas - deve piorar a situação.

"Não vai adiantar formar médicos se estamos encolhendo o SUS, se as prefeituras estão fechando leitos, encolhendo serviços de saúde, se a rede pública não expande. Não adianta só uma política de abertura de cursos, não será por transbordamento que colocaremos médicos onde eles estão em falta", afirma.

De acordo com o MEC, a suspensão proposta não afetará os editais já em andamento e os novos cursos autorizados em agosto desse ano não serão revogados. Também não afetará os editais previstos para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Se escolas não forem fechadas, a projeção é que, em 2020, haja cerca de 530 mil médicos atuantes no país - uma média de 15 diplomados por 100 mil habitantes, próximo do índice da Holanda, que registrava 14,9 formandos por 100 mil habitantes em 2015.


Conteúdo Relacionado

Vídeos

MEC suspende criação de cursos de medicina por 5 anos

A criação de cursos de medicina no país está suspensa por cinco anos, de acordo com portaria assinada em 5 abril durante reunião do presidente Michel Temer com o ministro da Educação, Mendonça Filho, e representantes do Conselho Federal de Medicina e entidades ligadas ao setor.  Saiba mais na reportagem da ABMES TV

Ministério da Educação autoriza abertura de 11 cursos de medicina

Os cursos vão ofertar 710 novas vagas, de um total de 2.305 que serão abertas em todo o país, até a conclusão das 36 autorizações previstas.

Legislação

PORTARIA MEC Nº 572, DE 18 DE JUNHO DE 2018

Dispõe sobre os procedimentos de monitoramento para o funcionamento dos cursos de graduação em Medicina em instituições de educação superior privadas, no âmbito dos editais de chamamento público referentes ao Programa Mais Médicos.


PORTARIA SESU Nº 44, DE 08 DE JUNHO DE 2018

Fica instituído Grupo de Trabalho, no âmbito da Secretaria de Educação Superior, com o objetivo de aperfeiçoar o Módulo de Acolhimento e Avaliação do Projeto Mais Médicos para o Brasil.


PORTARIA MEC Nº 328, DE 05 DE ABRIL DE 2018

Dispõe sobre a suspensão do protocolo de pedidos de aumento de vagas e de novos editais de chamamento público para autorização de cursos de graduação em Medicina e institui o Grupo de Trabalho para análise e proposição acerca da reorientação da formação médica.


PORTARIA MEC Nº 329, DE 05 DE ABRIL DE 2018

Dispõe sobre a autorização e o funcionamento de cursos de graduação em Medicina nos sistemas de ensino dos estados e do Distrito Federal.


EDITAL SERES Nº 1, DE 29 DE MARÇO DE 2018

Chamamento público de mantenedoras de Instituições de Educação Superior - IES do Sistema Federal de Ensino, para seleção de propostas para autorização de funcionamento de curso de Medicina por IES privadas em municípios selecionados no âmbito do Edital nº 2, de 7 de dezembro de 2017.


PORTARIA SERES Nº 152, DE 08 DE MARÇO DE 2018

Fica divulgada a relação de municípios selecionados no âmbito do Edital nº 2, de 7 de dezembro de 2017, de chamamento público para implantação e funcionamento de curso de graduação em Medicina por instituição de educação superior privada. 


DECRETO Nº 9.235, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2017

Dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação das instituições de educação superior e dos cursos superiores de graduação e de pós-graduação no sistema federal de ensino.


EDITAL SERES Nº 2, DE 07 DE DEZEMBRO DE 2017

Torna pública a realização de chamamento público de municípios para autorização de funcionamento de cursos de graduação em medicina, conforme estabelecido neste Edital.


PORTARIA NORMATIVA Nº 7, DE 24 DE MARÇO DE 2017

Dispõe sobre os procedimentos de monitoramento para o funcionamento dos cursos de graduação em Medicina em instituições de educação superior privadas, no âmbito do Programa Mais Médicos.


RETIFICAÇÃO PORTARIA NORMATIVA Nº 7, DE 28 DE ABRIL DE 2016

O art. 4º da Portaria Normativa MEC nº 7, de 28 de abril de 2016, publicada no Diário Oficial da União nº 81, de 29 de abril de 2016, seção 1, página 11, que institui o Cadastro Nacional de Concluintes dos cursos de graduação - CNC


PORTARIA MEC Nº 168, DE 01 DE ABRIL DE 2016

Institui a Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina - ANASEM.


PORTARIA NORMATIVA MEC Nº 16, DE 25 DE AGOSTO DE 2014

Estabelece os parâmetros para a contrapartida a ser oferecida ao Sistema Único de Saúde - SUS para implantação e funcionamento de cursos de graduação em Medicina, por instituição de educação superior privada.


LEI Nº 12.871, DE 22 DE OUTUBRO DE 2013

Institui o Programa Mais Médicos, altera as Leis nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993, e nº 6.932, de 7 de julho de 1981, e dá outras providências. 
 


Notícias

Bolsonaro desautoriza futuro ministro

Mandetta afirmou que os médicos formados no país poderão passar por um exame de qualificação, nos moldes do aplicado a advogados pela OAB, e citou como exemplo uma nova certificação cinco anos depois da formatura

Capitais têm 4 vezes mais médicos do que cidades do interior

Análise realizada pela ABMES em parceria com a Educa Insights também mostra que, apesar do crescimento no número de cursos, a qualidade foi mantida

Inscrições para prova de proficiência em português do MEC estão abertas

Interessados podem se inscrever para obtenção do Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras) 2018 até 13 de julho

Cursos de Medicina não podem ser mais criados no Brasil; qual é o verdadeiro motivo?

Quero Bolsa: Sólon Caldas, diretor-executivo da ABMES, não existem justificativas plausíveis para a aprovação da portaria, visto que o único a ser prejudicado futuramente é a própria população brasileira

Abertura de faculdades no interior de Minas Gerais gera empregos

O Tempo: O levantamento de 2014 considerou municípios de até 50 mil habitantes com unidades privadas de até 3.000 alunos. No entanto, na avaliação do diretor executivo da ABMES, Sólon Caldas, a proporção ainda é atual.

Governo suspende criação de novos cursos de medicina. Quem perde: só as faculdades ou a sociedade?

Gazeta do Povo: para a ABMES, a portaria do MEC, como está, pode levar a uma defasagem de até duas décadas para que novas instituições se vejam habilitadas a colocar profissionais no mercado

Suspensão de criação de cursos de medicina tem sido alvo de críticas

A Tarde: Para a ABMES, a medida do MEC não possui justificativas plausíveis que respaldem a decisão, segue na contramão das necessidades brasileiras, além de possuir equívocos legais e ignorar aspectos relevantes da regulamentação da educação superior

MEC suspende criação de cursos de medicina por 5 anos

Agência Brasil: Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) considera que a medida representa 'um retrocesso que compromete o desenvolvimento do país e o atendimento à população naquilo que é um direito humano fundamental, o direito à saúde'

MEC barra abertura de novos cursos de medicina até 2023 e recebe duras críticas de instituições privadas

Reuters: Na avaliação da ABMES, a portaria atende ao clamor da classe médica e trará enormes prejuízos à saúde e à educação superior no Brasil, sendo 'retrocesso que compromete o desenvolvimento do país'

Veto à abertura de novos cursos de medicina é oficializado pelo Ministério da Educação

Bom Dia Amazônia: Para a ABMES a medida trará prejuízos aos alunos, instituições e a própria sociedade, pois a necessidade de médicos é evidente

Veto à abertura de novos cursos de medicina por 5 anos é oficializado pelo Ministério da Educação

G1: Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) disse que a medida é um retrocesso

Cursos de medicina proibidos

Correio Braziliense: Para Sólon Caldas, diretor executivo da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), a decisão é negativa e as consequências virão a longo prazo

Grupos disputam as últimas 1,4 mil vagas de medicina

MEC deve assinar hoje (5/4) portaria que proíbe a abertura de novos cursos de medicina pelos próximos cinco anos. A medida deve acirrar a concorrência entre as instituições privadas de ensino em torno de um edital, já publicado, que cria 1,4 mil vagas de medicina no Norte, Nordeste e Centro-Oeste

MEC proíbe novos cursos de medicina

Matéria do jornal Valor Econômico de 5 de abril de 2018 traz a opinião da ABMES sobre a portaria do Ministério da Educação (MEC) que proíbe a criação de cursos de Medicina por cinco anos

Proibição de novos cursos de medicina trará enormes prejuízos à saúde e à educação superior no Brasil

Na contramão das metas do próprio governo em relação ao número de médicos no país, proibição de abertura de novos cursos de medicina não possui justificativas concretas e prejudica população

Governo quer congelar formação de novos médicos por cinco anos

Além disso, profissionais formados no exterior encontram dificuldades para validar o diploma. Para atuar no Brasil, os médicos que se formam no exterior precisam fazer o Revalida, mesmo que sejam brasileiros. Na última edição do certame, em setembro do ano passado, 8 mil profissionais de saúde realizaram as provas. A maioria se graduou em países como Bolívia, Cuba e Estados Unidos

Artigo - Sistema educacional brasileiro: uma análise crítica

Diretor presidente da ABMES, Janguiê Diniz, fala sobre a sustentabilidade do sistema educacional brasileiro e a necessidade de se cobrar no ensino superior mensalidades nas IES federais

MEC confirma que vai proibir criação de cursos de Medicina por 5 anos

A proposta ainda está em elaboração e visa a sustentabilidade da política de formação médica no Brasil, preservando a qualidade do ensino, já que o Brasil é referência na formação médica

Ministério da Educação autoriza a instalação de 29 faculdades de medicina

A informação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 8 de dezembro e, agora, as localidades que poderão oferecer as escolas médicas terão de demonstrar aptidão para receber essa estrutura

Medicina: Divulgada a lista de municípios pré-selecionados a ofertar cursos

Ao todo, 29 municípios das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste foram contemplados e poderão criar o curso com turmas iniciais limitadas a 50 alunos por semestre

Por que o governo pretende barrar novos cursos de medicina por 5 anos

Nexo: Para Sólon Caldas, da ABMES, o congelamento por mais cinco anos deve agravar a situação de falta de profissionais no interior do país

Após suspender novos cursos de medicina, MEC nega ação em outras graduações

"Não há risco de que outros cursos sofram ou tenham que se submeter a medida semelhante", disse Mendonça Filho

Projeto prevê que Conselho Federal avalie cursos de Medicina

É o que estabelece um projeto (PLS 312/2015), de autoria do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)

Após MEC anunciar suspensão de novos cursos de Medicina, CRF-SP quer barrar graduações de Farmácia

Entidade argumenta que no Brasil são abertas anualmente mais de 130 mil vagas de graduação em Farmácia, 'quantidade já considerada exagerada'

Apesar de veto a novos cursos por 5 anos, MEC mantém liberação de 1,5 mil vagas para medicina no país

G1: Em nota, a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) disse que a medida é um retrocesso

Proibição de novos cursos de Medicina é retrocesso, afirma ABMES

Suspender por mais cinco anos a liberação de novas graduações na área levaria a 10 anos de entraves para a formação de médicos no Brasil

Associações criticam decisão sobre curso de medicina e cobram base técnica

UOL: O Fórum enviou ofício ao MEC, pedindo que "pondere a possibilidade" de não levar à frente a medida, diante da "necessidade de formação de profissionais na área"

Proposta do governo limita desconto no Fies para médicos e professores

O assunto foi abordado nessa terça-feira (5), em audiência pública da Comissão Mista que analisa a Medida Provisória 785/2017

Projeto define regras mais rígidas para formação médica

A avaliação dos cursos de graduação terá visita obrigatória de comissão de especialistas, com periodicidade trienal

MEC seleciona mantenedoras de instituições para implantação de curso de medicina

O documento é voltado para as mantenedoras de instituições de educação superior do sistema federal de ensino

Projeto de serviço civil obrigatório para médicos gera controvérsia na CE

O projeto atinge o médico recém-formado em universidade pública ou privada com financiamento público

MEC divulga regras para avaliar novos cursos e instituições

De acordo com o titular da Seres, Henrique Sartori, o formato do monitoramento permite ao Ministério da Educação acompanhar todas as etapas da implantação do curso de medicina, até o reconhecimento

O que mudou com Temer nos programas sociais como o Bolsa Família

A criação de programas sociais foi uma das principais marcas dos 13 anos de governos petistas. Para seus apoiadores, a troca de governo traria uma incerteza sobre a continuidade de iniciativas como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Mais Médicos, Prouni e Fies

Reitores e coordenadores de cursos de medicina se reúnem no Inep para conhecer a Anasem

Prevista na Lei nº 12.871/13, que criou o Programa Mais Médicos, a Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina foi apresentada às IES pelo INEP, dia 13 de setembro

MEC assegura compromisso com reforço à formação de médicos

Ministro Mendonça Filho informou que será divulgada em setembro lista dos municípios selecionados para receber cursos de medicina

Propostas de autorização de cursos de Medicina terão resultados divulgados em julho e agosto

A prorrogação do prazo foi necessária para que a comissão de especialistas responsável por avaliar as propostas tenha mais tempo para a análise dos documentos

Novo edital muda as regras para a seleção dos municípios que podem receber os cursos de Medicina

Para a nova chamada, foram pré-selecionadas 22 cidades de oito estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Nesses estados, a relação de vagas em cursos de medicina por 10 mil habitantes é inferior a 1,34; o índice de médicos a cada mil habitantes, menor que 2,7

Entenda o debate sobre as mudanças nos cursos de medicina

MEC queria graduação em 8 anos mas decidiu manter em 6 anos. Em nova proposta, formados terão de fazer residência no SUS

Coluna

Educação Superior Comentada | A suspensão das autorizações e dos pedidos de aumento de vagas dos cursos de Medicina

Na edição desta semana, o consultor jurídico da ABMES, Gustavo Fagundes, comenta a suspensão das autorizações e dos pedidos de aumento de vagas para os cursos de Medicina no âmbito do sistema federal de ensino. Segundo o especialista, simplesmente vedar, ainda que por prazo certo e determinado, a entrada de novos players no mercado, com a devida vênia dos gestores do MEC, não vai gerar a melhoria almejada na qualidade dos cursos

#CARTAASSOCIADOS