O secretário de Educação Superior do Ministério da Educação (SESu/MEC), Luiz Cláudio Costa, participou nesta terça-feira, dia 1º de março, do seminário promovido pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) sobre “Políticas públicas para a expansão estratégica do Ensino Superior brasileiro”. Na ocasião, o secretário afirmou que a contribuição das instituições particulares é fundamental para o desenvolvimento da educação superior no Brasil e reforçou que esse crescimento só será possível com uma parceria público/privada.

Luiz Cláudio assumiu a SESu/MEC no início do ano e tem apresentado um novo posicionamento em relação ao ensino superior particular. Os representantes das IES que compareceram ao evento elogiaram a postura do secretário ao reconhecer o peso do setor privado na formação de jovens no país e ressaltaram a importância da abertura de um canal de diálogo com o governo. Para o secretário, o foco dessa nova gestão é no ensino superior de qualidade, sem diferenciação de público ou privado.

O secretário lembrou o atraso histórico do Brasil para investir no ensino superior e afirmou que esse é o momento da educação no país crescer de forma estratégica, refletindo no desenvolvimento social e econômico da população. E para isso, afirmou o secretário, é preciso acabar com a dicotomia ensino público/privado e avançar no sentido de um trabalho conjunto pela educação de qualidade.

Luiz Cláudio Costa destacou também a preocupação da presidenta da República Dilma Rousseff com o desenvolvimento da educação, da creche à graduação. Para o governo, o país tem uma grande demanda que precisa ser atendida e uma das principais ferramentas é o Fies (Programa de Financiamento Estudantil), que, segundo o secretário, deu a oportunidade de entrar no ensino superior quem antes nunca havia imaginado.

E um dos pontos a ser debatido no novo modo de diálogo entre o governo e o setor particular é a ampliação do Fies. O Ministério da Educação abriu espaços para discutir e acertar as questões que vêm criando barreiras para a maior utilização do programa.

Além da necessidade de melhor operacionalização dos programas do governo, principalmente do Fies, os representantes das IES presentes no seminário reforçaram outros pontos que precisam ser aprimorados no relacionamento com as instituições particulares. Foram apontadas questões sobre avaliação, regulação e quanto ao papel do MEC em dar mais suporte às IES para que elas possam de fato ter as ferramentas para alcançar os critérios de qualidade estabelecidos pelo sistema. O secretário Luiz Cláudio Costa concordou com a colocação acrescentando que a avaliação tem que ser norteadora para correção de rumos. “Não é para sermos exaltados, nem execrados”, afirmou, enfatizando que é preciso também que as IES sejam comprometidas.  

Os participantes do seminário comemoram o que consideraram uma postura histórica do Ministério da Educação e se mostraram otimistas com o fato de o governo reconhecer o setor particular como parceiro. Para o presidente da ABMES, Gabriel Mário Rodrigues, essa foi uma das melhores reuniões já realizadas na ABMES. Segundo ele, há uma oportunidade de mercado muito grande e essa aproximação é fundamental. “É necessário nos juntarmos ao poder público porque o Brasil precisa alcançar o nível dos países desenvolvidos e as instituições precisam dos alunos para prosperar”, ressaltou.

O secretário finalizou sua participação no encontro propondo uma comunicação franca entre os setores. “Precisamos fazer essa parceria estratégica em nome do Brasil. É um momento muito bom para a educação brasileira. Desses encontros vão sair em breve questões objetivas”, assegurou Luiz Cláudio Costa colocando a SESu/MEC está à disposição.