Na década que vai de 2010 a 2019, o número de matrículas no ensino superior particular no Centro-Oeste aumentou 13% nas carreiras ligadas ao agronegócio e 8% nos cursos de saúde e engenharia. No Distrito Federal, a procura por vagas nas faculdades de saúde subiu mais que essa média: aumentou 10% nos cursos presenciais e saltou 65% no ensino à distância.
É o caso da Ketelin Lima, que deixou a área de humanas para estudar farmácia. Já Izabelle Raireline começou a faculdade de arquitetura, mas começou a trabalhar em um hospital e se apaixonou por enfermagem.
As duas refletem o perfil de boa parte dos novos estudantes dos cursos universitários particulares de saúde. É o que mostra um estudo elaborado pela empresa Educa Insights, a partir de dados do Censo da Educação Superior, de 2010 a 2019.
A pesquisa foi encerrada antes da pandemia de COVID-19. Mesmo assim, além do aumento na procura por faculdades de saúde, também indicou alta na busca por EAD, ensino à distância.
As conclusões foram apresentadas nessa quarta-feira, em um evento virtual organizado pelos representantes da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior na região Centro-Oeste.
O professor Sólon Caldas é diretor executivo da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior e avaliou que a tendência é de redução do ensino presencial.
A associação que representa as mantenedoras das instituições de ensino superior privado prevê que, no ano que vem, a quantidade de alunos no EAD deve ultrapassar a do presencial.