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O futuro é agora

24/07/2022 | Por: O Dia | 1854

A educação passou por diversas transformações ao longo da história, mas a evolução cada vez maior das novas tecnologias exige do setor mais dinamismo para adaptar o ensino, agregando a ele o melhor das inovações constantes. Com suas particularidades inéditas na sociedade moderna, a pandemia de covid-19 impôs às instituições a necessidade de buscar soluções que aceleraram tal adaptação e, por consequência, impactaram as preferências dos estudantes.

Realidade no Brasil há mais de 15 anos, o ensino a distância mostrou-se a modalidade ideal diante do isolamento social gerado com o surgimento do novo coronavírus. No início de 2020, antes do anúncio global da pandemia de covid-19, 60% dos entrevistados foram enfáticos na preferência pelo ensino presencial em pesquisa realizada pela Educa Insights em parceria com a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes). Após quatro meses de pandemia, esse número caiu para 22%, enquanto 78% responderam considerar a possibilidade de aderir ao ensino a distância. O levantamento indica, ainda, que não há significativas diferenças nessa lógica no recorte por regiões. O Centro Oeste liderou com 83% dos pesquisados com disposição para o EaD, enquanto o Nordeste apresentou a menor taxa, 72%. Sudeste, Sul e Norte empataram em 79%.

O Censo da Educação Superior 2020, divulgado em fevereiro deste ano pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mostrou que o ensino superior manteve o crescimento no primeiro ano da pandemia e constatou que pela primeira vez o número de alunos ingressantes nos cursos de graduação EaD superou o total de matriculados nos cursos presenciais. De acordo com o levantamento, 53,4% dos estudantes escolheram cursos a distância e 46,6% optaram pelo presencial. Apesar do expressivo aumento, a possibilidade de adesão à educação remota já apresentava tendência de alta há alguns anos. Em 2017, apenas 19% dos pesquisados consideravam um curso na modalidade, número que subiu para 40% no início de 2020, antes da confirmação da pandemia.

Os dados mais recentes do levantamento da Educa Insights em parceria com a Abmes indicam que o avanço da vacinação contra covid-19 fortaleceu o interesse pela união do ensino presencial com a educação remota. O número de matrículas para o primeiro semestre de 2022 na chamada modalidade híbrida cresceu 43% na comparação com o mesmo período de 2021. Contudo, o aumento na procura pela modalidade presencial ficou em 39%, enquanto a totalmente remota cresceu 22%.

Perspectiva de inserção no mercado de trabalho

Apesar dos impactos da pandemia de covid-19, as pesquisas demonstram crescimento nas matrículas nas três modalidades (presencial, remota e híbrida). Mas qual é a perspectiva de inserção no mercado de trabalho?

Dados sobre empregabilidade divulgados este mês pela Abmes, em parceria com a Symplicity, revelaram que 69% dos graduados no ensino superior conseguiram emprego em até um ano. O levantamento foi feito com base em 1.989 pessoas formadas em 10 instituições privadas de todas as regiões do Brasil entre julho de 2020 e junho de 2021. O diretor-presidente da Abmes, Celso Niskier, destacou que a pesquisa concluiu que as áreas de saúde e tecnologia apresentam índices maiores de empregabilidade.

Outro destaque da pesquisa é a expressiva taxa de tecnólogos que conseguiram colocação no mercado de trabalho. Entre os pesquisados, 69% estão empregados com média salarial de R$ 3.709,48. A rápida absorção de profissionais de saúde e o interesse crescente por tecnólogos estão entre as razões que mantêm a procura por cursos técnicos em alta no Brasil.

A Nutrix, que oferece cursos e treinamentos em enfermagem, teve aumento de 200% nas matrículas no primeiro semestre de 2022. "Nossa meta é dobrar esse crescimento até o final do ano, investindo em equipamentos para aulas e aprimoramento dos docentes", revela Kely Cruz, gestora da escola técnica do Rio que se adaptou rapidamente à tecnologia quando a pandemia exigiu o isolamento. O avanço na vacinação, no entanto, permitiu a retomada do modelo presencial, que Kely e outros profissionais consideram o ideal para cursos da área de saúde.

"Nossa metodologia de ensino é pautada em aulas práticas, com laboratório equipado, professores especialistas e atuantes no mercado de trabalho. Temos como recurso a programação dos nossos simuladores. Com isso, o aluno tem a vivência de um atendimento real antes de encarar o estágio e chegar ao campo prático", pontua Kely, destacando que as parcerias para estágios estão entre os diferenciais da Nutrix.

Além de convênios para estágio curricular com hospitais da Secretaria Municipal de Saúde do Rio, prefeitura de Duque de Caxias, hospitais particulares e com o Grupo GSH, maior banco de sangue privado do país, a Nutrix mantém parceria para estágio remunerado com a NUBE e convênio para todos. "Formamos mais de 3 mil profissionais e temos dezenas inseridos em hospitais públicos e privados, realizando o sonho de atuar na área da saúde e mudando a enfermagem. Formamos profissionais que queremos ter quando precisarmos de cuidados", diz Kely.

A diversidade, por meio de palestras de conscientização, e a sustentabilidade, através de disciplinas específicas no currículo, são outros diferenciais da Nutrix. Para completar, a escola técnica é energeticamente autossuficiente, já que conta com uma usina de produção de energia solar.

Setor de segurança está em alta

Diversas pesquisas mostram a consolidação do setor de seguros no Brasil. De acordo com dados divulgados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), com base nos números encaminhados pelas seguradoras, o mercado arrecadou R$ 306,21 bilhões em 2021, representando crescimento de 11,8% em relação ao ano anterior.

Já a edição 74 do Conjuntura, documento elaborado e divulgado pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), revela que o setor cresceu 16,5% nos quatro primeiros meses de 2022. O levantamento aponta que o crescimento se explica pelo desempenho de ramos de grande participação no mercado, como de Seguro Rural (35,7%) e de Automóveis (26%), e pela expansão na procura por seguros de Riscos de Engenharia (91,2%) e Grandes Riscos (50,8%).

Chama a atenção o índice de abril, que comprova aumento de 20,3% na comparação com o mesmo mês do ano passado. "A indústria de seguros é uma das mais sólidas, promissoras e resilientes da nossa economia, já que mesmo em momentos de crise tem mantido níveis de crescimento anual sempre na casa dos dois dígitos. É um setor com alta empregabilidade, ótimas oportunidades e muitas possibilidades de ascensão profissional, com salários acima da média de outros segmentos", ressalta Tarcísio Godoy, diretor-geral da Escola de Negócios e Seguros (ENS).

As inscrições para turmas do segundo semestre estão abertas com desconto de 20% no valor total do curso para alunos que se matricularem até 1° de agosto. O início das aulas está marcado para 8 de setembro.

"Nossa instituição também oferece vasto e completo portfólio de programas educacionais que atendem aos mais variados perfis, em qualquer momento da trajetória profissional", explica Tarcísio Godoy.

Inscrições na Escola de Negócios e Seguros

As inscrições para turmas do segundo semestre estão abertas com desconto de 20% no valor total para quem se matricular até 1° de agosto.

"Nossa instituição também oferece vasto e completo portfólio de programas educacionais que atendem aos mais variados perfis, em qualquer momento da trajetória profissional", explica o diretor-geral Tarcísio Godoy. Ele acrescenta que os profissionais que investem na educação continuada têm mais chances de êxito no mercado.

Estudo da Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação (Semesp) revelou que pós-graduados com lato sensu ou stricto sensu têm remuneração entre 150% e 255% superior à de profissionais sem tais titulações.

Sobre as modalidades de ensino, Godoy cita pontos positivos de cada uma. "O ensino presencial favorece o networking e a troca de informações, já que o contato e a interação são mais diretos e frequentes. Já o EaD confere total flexibilidade e conveniência, sendo mais recomendado para quem não dispõe de tempo para deslocamentos e quer ditar o próprio ritmo de estudos."

Estudantes podem ser protagonistas na aprendizagem

Independentemente da área e da modalidade escolhidas, o bom desempenho dos jovens estudantes e a posterior entrada no mercado de trabalho estão conectados ao ensino básico. Seja para entrar em universidades ou buscar cursos técnicos, a base educacional é fundamental, e os pais e responsáveis se mostram cada vez mais criteriosos na escolha das instituições. Fundada no Rio de Janeiro em 1999, a Rede de Ensino Elite avançou ao longo dos anos e hoje possui unidades em sete estados e no Distrito Federal, atendendo alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio, além de oferecer cursos de pré-vestibular e pré-militar.

"O Elite possui o Ecossistema de Aprendizagem Inovador, com o objetivo de dar mais protagonismo aos alunos no que se refere ao processo de aprendizagem. Contamos com disciplinas que vão desde a identificação de lacunas de aprendizagem, passando por estratégias para solucioná-las, até a possibilidade de criação de currículos individualizados por meio da escolha de disciplinas eletivas pelos próprios aluno", explica Deborah Anastácio, diretora pedagógica da instituição.

Sobre os desafios da pandemia, Deborah destacou que foi necessário investir tempo na formação de educadores com a necessidade do isolamento. "A pandemia acelerou o processo de introdução de tecnologias. Antes dela, já existiam professores que faziam uso de estratégias tecnológicas para engajar seus alunos, e quem fazia isso saiu na frente, mas muitos docentes precisaram aprender", disse a pedagoga, explicando que o Elite conseguiu colocar em prática estratégias e inovações que vinham sendo discutidas há bastante tempo e que esse conhecimento sobre aprendizagem híbrida trouxe benefícios no retorno ao ensino presencial.

Segundo Deborah, o ensino híbrido pode colaborar com o aumento do protagonismo do aluno e torná-lo mais responsável pelo seu processo de aprendizagem, mas ela ressalta que, considerando as realidades distintas dentro do país, essa modalidade "precisa ser acompanhada muito de perto e necessita de esforço e apoio de várias instâncias para que não se torne um fator de aumento de desigualdades".

Portanto, com investimento e qualificação dos profissionais, o Elite tem condições de extrair o melhor desses recursos, potencializando a ideia de estudantes protagonistas. "Já superamos o tempo em que o professor era o detentor de todo o conhecimento e os alunos, meros receptores. Hoje, se reconhece que o aluno aprende com o professor, mas também com seus colegas e nas discussões", explica Deborah, destacando que a metodologia da rede Elite vai além dos conteúdos disciplinares, contemplando também habilidades e competências indispensáveis para o mercado de trabalho.