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ABMES/NISKIER: número de universitários preocupa por risco de 'apagão' de mão de obra

02/10/2022 | Por: Broadcast | 1507

Após as eleições presidenciais serem levadas ao segundo turno, com Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) na disputa pelo executivo federal, o presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) Celso Niskier reforçou que “ainda não há vencedor” e, portanto, continuarão a defender os principais pontos que a livre iniciativa no setor de educação propõe, como a necessidade de novas formas de financiamento para a educação privada, a manutenção do ProUni e mais recursos para inovação no setor, levantando especialmente a bandeira do ensino híbrido.

Adicionalmente, Niskier afirma que apesar de representar as instituições de Ensino Superior, a associação, junto a demais instituições do setor de educação, defende um olhar com mais atenção ao Ensino Infantil, já que “o número de universitários tem estacionado”. Segundo ele, essa realidade é preocupante porque “há risco de ‘apagão’ da mão de obra qualificada em quantidade suficiente para o mercado”.

“Queremos integrar mais a educação superior com a educação básica, especialmente pela melhoria da formação dos professores”, afirmou.

Em relação à alta que as ações das empresas do setor tiveram na última semana - Ser Educacional acumulou ganhos de 9,78%, Yduqs +5,32% e Anima +5,57% -, após a promessa de Lula de que, se eleito, programas como FIES e ProUni voltariam “com força”, Niskier diz não acreditar que o movimento tenha sido necessariamente uma aposta do mercado na vitória do ex-presidente. “Sempre que se fala em ampliação do financiamento para o setor de educação, há perspectiva positiva”, afirma. “Houve também aprimoramento do FIES no que diz respeito à renegociação de dívidas no atual governo.”

Niskier disse ainda que pretende levar aos novos senadores e deputados eleitos as mesmas bandeiras que serão apresentadas ao executivo. “Esse novo Congresso se formando me parece um Congresso com novas personalidades, e queremos que sejam aliados das bandeiras da educação”, disse.

“Como setor, não temos preferência. Temos bandeiras, que não são boas apenas para uma parte da sociedade - progressistas ou conservadores -, mas para todo o País, seja quem for que vier a exercer o mandato”, afirmou.