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Fórum rebate resposta do MEC sobre a avaliação de faculdades de pequeno e médio porte

15/04/2013 | Por: ABMES | 1051

As instituições de ensino superior (IES) de pequeno e médio porte são estratégicas para a economia do país, para o desenvolvimento de uma região, para a interiorização e para a diversidade da oferta de cursos superiores em localidades nas quais o Poder Público não está presente. Exercem também um papel estratégico em função da inserção social. 

O Brasil precisa de políticas públicas para que essas pequenas e médias instituições possam ser competitivas e para que tenham condições de continuar a exercer a missão de formação de cidadãos.  

Ao contrário do que expressa a nota publicada pelo Ministério da Educação, essas instituições não estão querendo uma flexibilização da avaliação. O ensino superior particular reconhece a importância do processo avaliativo. Porém, requer que as instituições sejam avaliadas dentro das normas estabelecida pela Lei do SINAES.O setor defende que, ao promover a avaliação, o poder público deve respeitar a identidade e a diversidade das IES e dos cursos. É preciso utilizar instrumentos diversificados de acordo com a organização acadêmica da instituição (Faculdade, Centro Universitário e Universidade) e não tomar como base apenas o Enade, cujo resultado depende do aluno, que nem sempre tem comprometimento.  

O discurso de “qualidade” do Ministério da Educação repercute muito bem perante a sociedade, mas não reflete a realidade atual do sistema de ensino superior, no qual também estão inseridas as universidades públicas. Qualidade pode ser um conceito subjetivo e pouco eficiente, principalmente se não forem adotados os critérios corretos para sua avaliação.  

Com esse posicionamento, o MEC acaba por privilegiar as instituições que têm condições de seguir as regras do jogo, mas não garante a qualidade da educação e a expansão do ensino superior.