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Educação à distância é saída para expansão do Ensino Superior

17/09/2013 | Por: ACRJ | 1110

A assessora da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres/MEC), Cleunice Matos Rehem, afirmou nesta segunda-feira (16/9) que a Educação à Distância é a saída para a democratização e expansão de vagas no Ensino Superior brasileiro. A análise foi feita durante o seminário “Processo de regulação e supervisão: onde estamos e para onde iremos”, realizado pelo Conselho de Educação da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).

“Entendemos que, para o Ensino Superior chegar a todos os municípios brasileiros, é imprescindível contar com a ampliação da oferta de cursos à distância no país. Só a partir desta metodologia, é possível disponibilizar os melhores professores de uma instituição, atendendo aos estudantes, aonde quer que eles estejam”.

Segundo dados do Ministério da Educação (MEC) de 2011, cerca de 1 milhão de alunos estão matriculados em cursos de graduação à distância, o que representa 14,6% do total de matrículas no Ensino Superior.

A assessora da Seres explicou, também, que um dos maiores entraves para a ampliação dos cursos à distância é a infraestrutura oferecida pelas instituições de ensino a seus alunos e é neste ponto que o MEC precisa redobrar os esforços.

“Os polos de apoio presenciais precisam disponibilizar além de uma base para os estudantes, laboratórios de qualidade, bibliotecas e, principalmente uma velocidade de banda larga de internet, que possibilite os estudos de maneira eficiente. Em localidades muito distantes, por exemplo, as instituições precisam criar artifícios, como recorrer aos satélites, para disponibilizar a infraestrutura aos alunos”.

Ela acrescentou que o mercado de trabalho tem visto com bons olhos os estudantes da Educação à Distância. “Há uma abertura muito significativa dos empresários e empregadores para os profissionais formados na educação à distância, inclusive porque algumas teorias apontam que estudantes do ensino à distância revelam um perfil de mais responsabilidade, de mais capacidade de iniciativa e de leitura, com maior habilidade de relação interpessoal, pois é preciso trabalhar em equipe virtualmente, e de pessoas com capacidade de aprender a aprender".

Com relação aos processos regulatórios, Cleunice Rehem salientou que o Ministério da Educação tem desenvolvido um planejamento estratégico para aperfeiçoar a regulação nas instituições de ensino superior e ampliar a oferta dos cursos de graduação no país, com base em cinco diretrizes: fortalecimento da capacidade institucional do Estado brasileiro de regular, supervisionar e avaliar instituições e cursos superiores; expansão da educação superior com qualidade; efetividade e intensificação das ações de Supervisão da Educação Superior; otimização da Tecnologia da Informação como ferramenta estratégia do processo regulatório; e comunicação com a sociedade: boa informação para decisão.

Para o presidente do Conselho, Celso Niskier, um dos objetivos do evento foi contribuir para a maior transparência e eficiência do processo de regulação no país. “Tendo em vista que o seminário foi realizado em parceria com duas importantes instituições mantenedoras do Rio de Janeiro, onde foram trazidas informações claras sobre os processos regulatórios por quem conhece de perto o assunto, temos agora a possibilidade de ampliar as discussões no Conselho e, com certeza, colaborarmos com as instituições empreendedoras de ensino superior do Rio de Janeiro”. Celso Niskier afirmou, também, que outros seminários ocorrerão com o intuito de expandir as informações em torno do assunto.

O evento foi organizado em parceria com a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) e o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior do Rio de Janeiro (Semerj).