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UFRJ lança site em homenagem ao cientista Sergio Costa Ribeiro

25/11/2013 | Por: O Globo | 1109

RIO — Num momento em que se discute a reformulação do ensino médio e a democratização do acesso ao ensino superior, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lança um site em homenagem ao cientista Sergio Costa Ribeiro, pioneiro no debate sobre a repetência escolar e a definição de metas para a melhoria da educação. O lançamento da página www.sergiocostaribeiro.ifcs.ufrj.br, que reúne a produção do educador, será nesta segunda-feira, às 18h, no Instituto Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ.

Engenheiro e físico por formação, Costa Ribeiro (1936-1995) se destacou como um dos principais educadores brasileiros. Entre outros cargos, foi diretor do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anysio Teixeira (Inep), coordenador do Grupo Gestor de Pesquisas, Programa de Avaliação e Reforma Universitária da Capes e membro do Grupo Executivo para a Reformulação da Educação Superior, ógãos ligados ao Ministério da Educação (MEC).

Idealizado por Yvonne Maggie, professora titular do Departamento de Antropologia Cultural da UFRJ e irmã de Costa Ribeiro, o site reúne ensaios sobre educação, dispostos cronologicamente e divididos em duas categorias: ensino superior e educação básica. Também há entrevistas concedidas por ele, depoimentos sobre o pesquisador e uma pequena iconografia. A reunião do material, que inclui 49 artigos, demorou cerca de 10 anos, e contou ajuda da jornalista Eliane Bardanachvili e do estatístico Ruben Klein, coautor de vários estudos com Costa Ribeiro, entre eles, “A divisão interna da universidade: posição social das carreiras”.

— O trabalho dele foi fundamental para a mudança de rumos da política educacional nos anos 90, bem como a luta dele para expandir a ideia de que a repetência não é produtiva nem para o país nem para os indivíduos. O importante é passar os alunos de ano fazendo com que eles aprendam, com qualidade. Ele foi o precursor de programas de avaliação e de metas educacionais, instauradas pelo MEC/Inep e pelas secretarias de educação — destaca Yvonne, coordenadora do Núcleo de Antropologia na Escola (NaEscola), que realizou o site com apoio da Faperj, do Cnpq e de seus alunos. — Muitas das descobertas dele ainda não foram absorvidas pelos formuladores de políticas públicas