Detalhe

Ensino superior ainda é ótimo investimento

29/07/2022 | Por: Estado de Minas | 2926

Uma pesquisa divulgada no último dia 19 apresentou dados que comprovam a relação entre educação e mercado de trabalho. O levantamento, divulgado pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), em parceria com a Symplicity, especialista em empregabilidade e engajamento estudantil, mostra que 69% dos egressos do ensino superior estão empregados após até um ano da colação de grau. 

A taxa de ocupação dos estudantes independe da modalidade do curso – presencial ou a distância –, e indica outros dados relevantes: a remuneração média geral é de R$ 3,8 mil, variando entre R$ 3.972,52, no grupo de bacharéis; R$ 3.709,48, entre os tecnólogos; e R$ 2.392,86, entre os licenciados. O valor médio aumenta quando a ocupação é na área de formação: R$ 3.805,53.

No estudo, foi avaliada a colocação no mercado de quase 2 mil egressos que colaram grau entre 2020 e 2021, ou seja, no momento mais crítico para a ocupação profissional, em meio à pandemia da COVID-19. Mesmo assim, 48,82% dos estudantes graduados estavam em ocupações formais, 10,86% trabalhando como autônomos ou profissionais liberais, 2,77% como empresários e apenas 2,82% na informalidade, o que demonstra a importância do ensino superior como ferramenta de oportunidades.
 
Profissões na área de computação e na área de saúde continuam na liderança em termos de empregabilidade, tanto no que se refere a bacharéis quanto a tecnólogos (aproveitamento de 70% e 69%, respectivamente). 

O destaque fica por conta dos cargos no mercado de tecnologia, talvez o mais aquecido pela transformação digital impulsionada durante a pandemia. Alunos da área apresentam uma inserção rápida até mesmo antes da formatura. Os profissionais na área de tecnologia da informação – 82% – declararam estar trabalhando, dos quais 77% na área da graduação. A média salarial foi de R$ 5.268,75.
 
Os egressos das engenharias ficaram bem posicionados, o que pode ser explicado pela continuidade das atividades no setor de construção civil, grande impulsionador da oferta de vagas. A média salarial foi de R$ 4.476,94.
 
Por fim, os recém-formados em direito: 53% estão no mercado de trabalho, dos quais 63% na própria área. Mais da metade dos egressos em educação, negócios e comunicação garantiram ocupação para as profissões para as quais foram preparados nas instituições de ensino superior.

No entanto, nem tudo são flores. De acordo com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o orçamento destinado ao Ministério da Educação (MEC) sofreu um corte de R$ 3,23 bilhões em 2022. Somente nas universidades e institutos federais a redução foi de R$ 1 bilhão. Esses cortes impactaram o pagamento de contratos de água, luz, segurança, limpeza, programa de bolsas, equipamento para laboratórios, a exemplo da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que sofrem perdas de R$ 36,6 milhões e R$ 32 milhões, respectivamente. 
 
E a expectativa para 2023 não é das melhores. Os institutos federais já foram informados pelo governo federal do corte de 12% no orçamento do ano que vem e a previsão é de que os recursos disponibilizados para as universidades federais sofram uma queda de R$ 600 milhões, em comparação com a verba de 2021, em valores sem correção da inflação. 

Agora é aguardar o pleito eleitoral, quando será votado o Projeto próximo de Lei Orçamentária. Provas de que a educação e o mercado de trabalho andam juntos, já temos.

 


Conteúdo Relacionado

Vídeos

Seminários ABMES | Apresentação e análise dos resultados da 1ª Pesquisa de Empregabilidade ABMES e Symplicity

Em nosso Seminário Virtual do dia 19 de julho, analisamos o Indicador ABMES/Symplicity de Empregabilidade (IASE), resultado do piloto de acompanhamento de egressos realizado no primeiro semestre de 2022. O estudo inédito contou com a contribuição da ABMES, Symplicity, Inep e 10 Instituições de Educação Superior (IES) selecionadas e teve como objetivo formatar uma forma padronizada de acompanhar os resultados de egressos e implantar indicadores de empregabilidades de relevância nacional, baseado em modelos já maduros aplicados em países que se destacam no tema, como EUA e Irlanda, com as adaptações necessárias para adequação ao cenário nacional.

 

Notícias

Visão do Correio: Ensino superior ainda é ótimo investimento

Editorial do jornal Correio Braziliense usa dados do Indicador ABMES/Symplicity de Empregabilidade (IASE) para defender o valor e a importância da educação superior

Cerca de 70% dos recém-formados garantem vaga no mercado de trabalho, diz estudo

Dados obtidos na pesquisa reforçam a importância do ensino superior

Cerca de 70% dos recém-formados garantem vaga no mercado de trabalho, diz estudo

Profissionais de TI, engenheiros e médicos estão no topo da lista entre os que garantiram a empregabilidade um ano após a formatura

Quem faz graduação presencial tem mais chances de emprego na área estudada

Quando se exclui os cursos de medicina e engenharia, que em sua maioria são presenciais, o salário médio dos recém formados em cursos presenciais e on-line é igual

Pesquisa: 7 em cada 10 estudantes estão empregados após a faculdade

Estudo da ABMES mostra que, mesmo com a pandemia, ter uma formação universitária tem um impacto na empregabilidade

Divulgada 1º edição do Indicador ABMES/Symplicity de Empregabilidade (IASE)

Levantamento aponta que 69% dos egressos do ensino superior em cursos presenciais e online estão trabalhando mesmo em contexto pandêmico

Pesquisa nacional aponta que 69% dos recém-formados estão empregados

O levantamento avaliou dados de 1.989 egressos da graduação em ensino superior que se formaram entre 2020 e 2021, em 10 universidades

Ensino superior: 7 em cada 10 formados estão empregados um ano após graduação, diz pesquisa

De acordo com levantamento, com dados nacionais, tecnologia da informação tem maior empregabilidade e remuneração média, em todas as áreas, é de R$ 3,8 mil

Editora

Avaliação de Empregabilidade de Graduados Recentes - 2022

A Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) e a Symplicity se uniram para criar, juntamente com instituições de educação superior (IES) convidadas, um Grupo de Trabalho (GT) com foco na Avaliação de Empregabilidade de Graduados Recentes. Durante seis meses, foram coletados dados das IES participantes, por intermédio do instrumento fornecido no GT, para a realização de uma pré-pesquisa sobre a empregabilidade dos alunos egressos da educação superior.  Como resultado final, está sendo disponibilizado este relatório onde são apresentadas as informações obtidas com as pesquisas realizadas.