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ABMES e Symplicity apresentam dados sobre a trajetória profissional de egressos

20/02/2024 | Por: ABMES | 874

A Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) e a Symplicity, empresa líder global em soluções de softwares de empregabilidade e engajamento estudantil, apresentaram nesta terça-feira (20) dados sobre o acompanhamento e os resultados profissionais dos egressos do ensino superior. O seminário foi apresentado ao vivo pelo canal Rede ABMES, no YouTube

O tema apresentado pelo diretor-presidente da Associação, Celso Niskier, é uma abordagem que visa enriquecer as discussões sobre o ensino superior e suas conexões com o mercado de trabalho. O encontro tem o propósito de convidar as instituições de ensino superior a participarem da edição de 2024 do Indicador ABMES e Symplicity de Empregabilidade (IASE), que será divulgado em julho. 

Na oportunidade foram oferecidos aos espectadores insights valiosos sobre as trajetórias profissionais dos egressos universitários. Dessa maneira os representantes das instituições de ensino superior (IES) podem traçar uma análise profunda dos desafios e sucessos profissionais dos seus alunos, após a formação acadêmica. Temas como as taxas de empregabilidade, o desempenho profissional, o feedback do mercado de trabalho, dentre outros, são fontes essenciais para que as IES possam trabalhar e direcionar estratégias de melhorias e aprimoramentos em prol desse desafio de oferecer uma educação de qualidade de acordo com as tendências do mercado de trabalho.

O diretor nacional da Symplicity Brasil, Gabriel Custódio, compartilhou o histórico e a trajetória do IASE. “O Indicador surgiu de uma provocação do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) ao professor Celso há alguns anos e, agora, está no quarto ciclo de apuração de dados de egressos”, comentou Gabriel. Foram usados modelos da Irlanda e de uma organização norte-americana para a elaboração e adequação ao cenário brasileiro. 

A iniciativa é convergente a experiências internacionais, segundo o diretor nacional da Symplicity. “Nos Estados Unidos, por exemplo, 41 estados têm o financiamento estudantil público atrelado aos indicadores de empregabilidade e renda”, afirmou. O acompanhamento também é feito por países da União Europeia, que monitoram a empregabilidade tanto de egressos quanto de estudantes. Parte das nações usam os dados como referências para o desenvolvimento de políticas públicas. 

“Rodamos o piloto em 2022 com a participação de 10 IES e quase 2 mil egressos participantes. Naquele momento, tínhamos 68,63% dos graduados trabalhando com uma renda média de R$ 3,8 mil”, apresentou Custódio. No segundo ano do levantamento, 66 IES participaram do Indicador e 4,7 mil egressos responderam aos questionários. Em 2023, foi adotado o Portal Empregabilidade, que garantiu mais agilidade na coleta, análise e consulta dos dados. 

“Para a edição de 2024, já estão confirmadas 118 IES e as inscrições seguem até 25 de fevereiro. Também otimizamos os formulários e incluímos pontos como a percepção da importância da graduação para a posição atual e sobre o apoio das IES aos egressos”, pontuou. 

“Uma das características mais interessantes desse projeto é a capacidade de aprimoramento. A cada ano pegamos os feedbacks das IES, do INEP e vamos aprimorando os formulários e as análises”, analisou Niskier. “O número crescente de IES participantes demonstra que elas estão entendendo a importância do Indicador para o mercado e para a própria gestão e planejamento estratégico”, avaliou.

Indicadores do INEP
Coube à coordenadora-geral de Gestão de Exames e Indicadores da Educação Superior do INEP, Suzi Mesquita Vargas, comentar sobre os modelos adotados pelo órgão. Ela destacou o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), que, entre outras avaliações, a autoavaliação e também o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). “Apurações como o IASE contribuem muito para as autoavaliações das IES e colaboram para melhoria da qualidade do ensino oferecido por cada instituição”, comentou a coordenadora. 

Ela também explicou que o Sinaes completa, em 2024, duas décadas de aplicação. “A política mais longeva da educação superior”, afirmou, “e que agora todos os instrumentos estão em um momento de modernização e atualização com propósito de criar uma avaliação multidimensional em cinco dimensões”. As dimensões citadas pela coordenadora-geral são: resultados da formação e acompanhamento de egressos, condições de oferta e organização didático-pedagógica, pesquisa e desenvolvimento, extensão e participação social, eficiência do acesso, permanência e conclusão. 

Todos os detalhes apresentados pela representante do Inep estão na íntegra do seminário, no canal Rede ABMES, no YouTube.