A Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) considera as recentes mudanças propostas pelo Ministério da Educação (MEC) para a regulamentação da educação a distância (EaD) um marco relevante no aprimoramento dessa modalidade de ensino. Contudo, a Associação alerta para os desafios que podem surgir na implementação das novas diretrizes e reforça a importância de um equilíbrio entre inovação e qualidade.
Entre os avanços destacados pela ABMES está o credenciamento único, que promete maior agilidade e eficiência nos processos regulatórios, além do reconhecimento formal do modelo semipresencial, alinhado às demandas contemporâneas da formação acadêmica. O diretor presidente da ABMES, Celso Niskier, reforça a necessidade de cautela para que as mudanças preservem os benefícios conquistados pelos estudantes ao longo dos anos. “É fundamental que as novas exigências não limitem a capacidade de inovação metodológica e tecnológica, que são essenciais para a evolução do setor, sem abrir mão da qualidade, que é um objetivo comum a todos”, ressalta Niskier.
A ABMES também destaca o papel central da educação a distância como instrumento de inclusão e democratização do ensino superior em um país com as dimensões e desigualdades do Brasil. Nesse sentido, a Associação enfatiza a importância de evitar que as novas regulamentações se tornem obstáculos para iniciativas sérias e de qualidade, especialmente aquelas voltadas a atender comunidades em áreas remotas ou grupos historicamente excluídos do ensino superior.
Reafirmando seu compromisso com o fortalecimento da educação superior brasileira, a ABMES se coloca à disposição do MEC e das demais entidades do setor para o diálogo e a construção conjunta de políticas públicas que garantam avanços sustentáveis e inclusivos para o ensino a distância no Brasil.