Santa Catarina é o estado da região Sul com o maior crescimento médio de matrículas na educação superior entre 2010 e 2017, aponta levantamento realizado pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) em parceria com a Educa Insights. Ao analisar os resultados do Censo da Educação Superior no período, o estudo constatou que a unidade da Federação cresceu, em média, 4,7% ao ano, enquanto Paraná e Rio Grande do Sul apresentaram índices de 3,4% e 2,9%, respectivamente. A média de crescimento do país no período foi de 3,8%.
A expansão é ainda mais expressiva quando são consideradas apenas as novas matrículas. Nesse cenário, o avanço médio verificado foi de 9,7% ao ano, alçando Santa Catarina, novamente, ao melhor desempenho da região. Há que se destacar que quando se leva em consideração apenas o desempenho das instituições particulares de educação superior o crescimento médio de novas matrículas sobe para 10,4% ao ano.
Outro dado que chama a atenção é o fato de as matrículas nas instituições particulares de educação superior representarem 81% do total, número superior à média nacional de 75%. Seguindo essa linha, vale registrar que a educação a distância é responsável por 42% das matrículas de graduação em Santa Catarina, ante os 25% verificados quando se analisa o país como um todo.
Perfil do estudante
Mulher (60%), com até 25 anos (44%), trabalhadora (75%), pertencente às classes C, D ou E (62%) e oriunda de escola pública (76%). Essa é a “persona” do aluno que frequenta as instituições de educação superior catarinenses. O perfil foi montado a partir das informações disponibilizadas pelo Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), ciclos de 2014, 2015 e 2016.
Embora esse seja o perfil padrão, alguns números chamam a atenção quando se analisa separadamente os estudantes de instituições públicas e particulares. Enquanto nas primeiras há maior equilíbrio de gênero (52% de mulheres e 48% de homens), nas IES privadas há grande prevalência das representantes do sexo feminino: 61%. Além disso, 56% dos alunos das instituições públicas possuem até 25 anos, 55% cursaram o ensino médio em colégios públicos e 52% pertencem às classes A e B. Nas instituições particulares esses percentuais são, respectivamente: 41%, 80% e 36%.