76% dos jovens brasileiros adiariam a entrada em uma universidade por falta de dinheiro, apontou uma pesquisa feita pela consultoria Educa Insights e encomendada pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino superior (ABMES) com mais de 1,2 mil pessoas em quatro capitais brasileiras.
De acordo com o estudo, 62% adiariam por não ter condições de pagar e 14% por não ter bolsa ou financiamento estudantil. Sete em cada dez estudantes gostariam de entrar no ensino superior logo após o fim do Ensino Médio. Já entre os pais, 98% acredita que é importante que os filhos entrem na universidade após concluir o Ensino Médio e 78% espera que o ingresso seja imediato.
Foram ouvidos também jovens que já concluíram o Ensino Médio. De acordo com os dados coletados, 62% desejava entrar em uma faculdade, mas 52% já desistiu do ensino superior. 70% deles apontaram não ter condições para pagar as mensalidades como um dos motivos, 23% por não ter entrado em uma universidade pública e 21% por ter começado a trabalhar.
TRABALHO CEDO
Dados divulgados pelo Programa Internacional de avaliação de Estudantes (Pisa) na semana passada apontou que 44% dos estudantes entre 15 e 16 anos no Brasil estão trabalhando. De acordo com o estudo, o país é um dos seis com maior número de jovens nessa faixa etária trabalhando.
Atualmente, o Brasil se encontra apenas atrás da Tunísia, da Costa Rica, da Romênia, da Tailândia e do Peru na questão de jovens trabalhando em algum período da sua rotina. Segundo com a Organização para Cooperação de Desenvolvimento Econômico (OCDE), 43,7% dos adolescentes entre 15 e 16 anos exercem alguma função remunerada. Líder do ranking, a Tunísia apresenta uma porcentagem de 47,2%.