Está aberta a temporada de vestibulares para quem deseja cursar uma universidade no primeiro semestre de 2022 – e a demanda deve ser grande, após mais de um ano de pandemia. Pelo menos, é que o que mostra uma pesquisa divulgada nesta semana pela Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (Abmes), entidade que reúne as universidades privadas.
Com a inflação corroendo o bolso dos brasileiros, os futuros universitários e suas famílias buscam meios de financiar os estudos. Muitos dos 3,3 milhões de estudantes que enfrentarão o segundo dia do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), amanha (28), estão nessa situação.
Mesmo quem não for aprovado em uma universidade pública busca um bom desempenho no Enem por uma razão prática: aliviar as mensalidades em uma instituição particular. De acordo com a Ames, obter o melhor desconto possível na universidade privada, por meio de uma boa nota no Enem, é o objetivo de 79% dos candidatos que prestarão a prova amanhã.
Outros 10% pretendem utilizar a nota para obter uma bolsa do ProUni, o programa federal de financiamento estudantil. Outros 11% buscarão financiar a faculdade com linhas de crédito privadas, como as oferecidas por alguns bancos.
Por isso, Money Times reuniu para você as opções de crédito estudantil disponíveis no mercado. Confira e boa prova amanhã!
Crédito para a área de saúde
Se o seu curso é da área de saúde, o Santander oferece uma taxa de juros entre 1,39% e 1,79%, menor do que a praticada no mercado, que podem chegar em até 2,19% ao mês.
A menor taxa, a partir de 1,39%, é para o curso de medicina. Já os cursos de farmácia, enfermagem, odontologia, zootecnia, veterinária, biomedicina, fisioterapia, fonoaudiologia e nutrição pagam uma taxa maior, de 1,79%.
Outros cursos
Para as demais áreas, o Santander oferece a modalidade de consórcio estudantil, que lhe permite pegar um empréstimo entre R$ 8 mil e R$ 16 mil por semestre.
Para conseguir essa liberação, há a necessidade de alguma garantia para a instituição financeira, que pode ser um carro, uma moto ou um fiador que assumirá a dívida caso o tomador não consiga paga-la.
É possível que um terceiro faça a contratação, como os responsáveis, por exemplo, caso possua um melhor perfil de crédito.
O prazo de pagamento é de 36 meses com uma taxa de administração de 18% e correção do valor feito pelo INPC, além de fundo de reserva de 4,5%.
Para ser contemplado pelo banco, o estudante deve dar um lance mínimo de 10% do valor contratado. Segundo a instituição financeira, é possível o interessado dar um lance menor, de até R$ 1, porém, a probabilidade de ser comtemplado é menor, pois o banco privilegia lances maiores.
Ainda existem outras opções
Outro banco que oferece crédito estudantil é o Itaú Unibanco (ITUB4), por meio da fintech Pravaler. A linha de crédito possui taxas de juros variáveis, que vão de 0% até 2,19% ao mês, a depender da instituição de ensino e do curso.
“A fintech também possui duas opções para a contratação do financiamento, com e sem fiador, mediante análise de crédito”, explica a Pravaler. Todo o processo de contratação é online, desde a simulação até o envio de documentos. A fintech diz ainda que possui mais de 500 instituições de ensino parceiras em todo o Brasil.
Por fim, a companhia comentou que após o envio dos documentos a aprovação do empréstimo é feita no mesmo dia. Após essa etapa, o estudante só depende do aval da instituição de ensino, que precisa aprovar tudo, algo que pode demorar no máximo 7 dias.
Demais bancos
O Banco do Brasil (BBAS3) não realiza financiamento estudantil desde 2018. Antes disso, o banco fazia parte do Fies, programa estatal com objetivo facilitar o financiamento estudantil. Hoje, a Caixa Econômica Federal é a instituição que cuida exclusivamente do Fies.
O Banco Pan (BPAN4) não possui nenhuma linha de crédito estudantil, e o Bradesco (BBDC4) não enviou suas respostas até a publicação da reportagem.