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Entenda o debate sobre as mudanças nos cursos de medicina

31/07/2013 | Por: G1 | 2772

O Ministério da Educação anunciou, nesta quarta-feira (31), que mudou de ideia em relação à proposta de aumentar o contato dos estudantes de medicina com os serviços de atenção primária e de urgência e emergência do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o ministro Aloizio Mercadante, em vez de defender o aumento da duração do curso de graduação para incluir esse estágio, conforme proposta feita no dia 8 de julho, agora, o governo defende a ideia de exigir dos médicos que começarem a residência (ou especialização) a atuação nesses serviços durante pelo menos um ano. A nova proposta ainda precisa ser aprovada no Congresso Nacional.

Entenda a cronologia das propostas de mudança nos cursos de medicina:

1- COMO É HOJE

GRADUAÇÃO:
- Curso de medicina dura seis anos.
- Há disciplinas práticas no chamado internato médico.
- Com o diploma em mãos, formado faz o registro profissional e já é considerado médico.

RESIDÊNCIA:
- Oferecida na modalidade de pós-graduação
- É quando o médico estuda para se tornar um especialista em uma área (por exemplo: cardiologia, neurologia, psiquiatria).
- Duração varia de acordo com a especialidade escolhida, mas tem pelo menos dois anos.

2- A PRIMEIRA PROPOSTA DO GOVERNO

COMO FOI FEITA:
- Anunciada dia 8 de julho.
- Feita por meio de medida provisória.

MUDANÇAS:
- Alterar a duração do curso de graduação em medicina de seis para oito anos.
- Dois anos extras teriam estágio nos serviços de atenção primária e urgência do SUS.
- Supervisão seria feita por um preceptor ligado à instituição de ensino.
- Durante o estágio, estudantes teriam um "registro profissional provisório".

3- REAÇÃO DA CLASSE MÉDICA

CRÍTICA:
- Para diretores das faculdades, oito anos seria um período longo demais para a graduação.
- Necessidade não é aumentar o curso, mas ter infraestrutura e currículo adequados, disseram.

PROTESTOS:
- Médicos tomaram as ruas e divulgaram manifestos contra a proposta.
- Em 16 de julho, MEC criou comissão com diretores de faculdades para “amadurecer” MP.

4 - NOVA PROPOSTA DO GOVERNO

COMO FOI FEITA:
Anunciada em 31 de julho.
- Elaborada por grupos de trabalho com especialistas.
- Divulgada após aprovação pelas faculdades federais.

MUDANÇAS:
- Retirada da proposta de aumento da graduação.
- Fazer com que o 1º ano da residência seja feito na atenção básica e urgência do SUS.


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